Eleição define próximos quatro anos da Uenf
24/08/2019 15:30 - Atualizado em 30/08/2019 13:29
A Universidade Estadual do Norte Fluminense - Darcy Ribeiro (Uenf), vai escolher, no próximo dia 31 nos polos do Cederj e no dia 3 de setembro, nos campi Campos e Macaé, o próximo reitor que vai substituir o atual, Luís Passoni, pelo quadriênio (2020-2023). Na última terça (20), em debate, os candidatos mostraram propostas e falaram sobre os desafios da educação superior, gratuita e de qualidade, diante do atual quadro político do Estado e nacional. Concorrem à vaga as chapas “Cada vez mais Uenf: Inovadora e Participativa”, de Raul Palácio e Rosana Rodrigues; “Avança Uenf: Ciência e Sociedade”, de Carlos Resende e Juraci Sampaio e a chapa “Uenf Renova”, de Enrique Medina e Rodrigo Tavares.
Um dos professores que perguntaram lembrou que no tripé das atividades fins da Uenf, a pesquisa acadêmica de excelência que vincula programas de pós-graduação, constituem a essência do potencial transformador da instituição. Ele disse que, na ideia original, todo professor do quadro permanente seria protagonista em pesquisa e inovação, voltadas á resolução dos problemas do Norte Fluminense. Ele perguntou como os candidatos pretendem reverter a evasão de docentes na pós-graduação.
Única mulher nas chapas, Rosana Rodrigues disse que a chapa já faz um levantamento e lembrou que essa ação deve ser permanente na instituição. Para Raul Palacio é preciso incentivar o professor a participar do programa.
— O que precisamos é incentivar o professor a entrar no programa de pós-graduação. O que precisamos é fazer um sistema de entrada, bem mais simples, não exclusivo dentro do programa. É muito bonito chegar aqui e convidar as pessoas a entrar num projeto de pesquisa, mas na realidade, o que acontece é uma exclusão, por um motivo ou por outro”, disse ele enfatizando que não é só em pós-graduação que se faz pesquisa.
Para Carlos Resende, a situação é grave, uma vez que há profissionais que não estão atuando na iniciação científica e nem na pós-graduação. “Eu vejo que temos que conversar e saber quais são os motivos e, caso contrário, nós vamos ter que redirecionar as atividades internas desse docente. Eu diria que os números apresentados pela gestão revela que nós temos pessoas que não estão na pós-graduação e nem na iniciação científica. É um pouco mais grave do que se apresenta. Tivemos cursos descredenciados e não vemos um realinhamento.
Já para o candidato da chapa “Uenf Renova”, Henrique Medina, é preciso levantamento e acompanhamento das situações. “Como gestores precisamos nortear institucionalmente o que a universidade tem a dizer dessa crescente erosão do credenciamento de docentes. Não sabemos as causas, mas o gestor não pode ficar esperando porque seus docentes ficam cada vez mais credenciados, sem um norte. Na nossa proposta temos a intenção de estabelecer um programa de acompanhamento”.
Hospital Veterinário com autonomia
Também no debate, os candidatos foram questionados sobre quais medidas, a curto prazo, tomariam para resolver as questões administrativas do Hospital da Uenf.
Para Raul é compromisso com a comunidade a elaboração de eleições para definir o gestor e, além disso, definir questões administrativas. “Está no nosso plano aumentar a autonomia do hospital e fortalecer o atendimento, conseguindo internação, atendimento noturno. Nosso plano é fazer um Hospital Veterinário bem mais ligado à população”, disse.
Carlos Resende defende a autonomia financeira, não só da Uenf, mas das sete unidades orçamentárias, dentre as quais está o Hospital Veterinário. “Talvez seja a hora da gente discutir que o curso de veterinária seja integralmente deslocado para lá, transformando o Hospital Veterinário em um centro”, disse o candidato que também defende que a comunidade escolha o representante da unidade.
Para a chapa presidida por Henrique Medina, o hospital Veterinário é o órgão da Uenf que mais tem contato com a população e merece olhar diferenciado. “Na nossa proposta nós levaremos com firmeza o trato para que se tenha um rendimento próprio do Hospital Veterinário, aquele que constituirá um colegiado que decida seu próprio diretório. É o trato que merece por sua grandeza na ação social. Também vemos que o atendimento ao público deve estar na administração de um gerente."

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