Após depredação, UPH da Saldanha Marinho suspende atendimento por dois dias
Verônica Nascimento 10/06/2019 10:33 - Atualizado em 13/06/2019 13:24
  • UPH da Saldanha Marinho

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A Unidade Pré-Hospitalar da Saldanha Marinho ficou fechada desde a noite do último sábado (8) até a manhã desta segunda-feira (10), após um caso de depredação na unidade. O autor da ação seria um paciente psiquiátrico. Pessoas que procuraram atendimento na unidade, na manhã desta segunda, encontraram as portas fechadas e eram orientadas a procurar a UPH do Jardim Carioca, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) ou o Hospital Geral de Guarus (HGG). De acordo com a Prefeitura, o atendimento já foi normalizado, depois que parte dos objetos danificados foi reposta.  
Uma das pacientes que foram à unidade de manhã foi a aposentada Leda Sardinha, 82 anos. Com sintomas de dengue, a idosa, que aguarda exames para confirmar a doença, passou mal e precisou recorrer à UPH. No local, ela foi informada de que precisaria ir até a UPH do Jardim Carioca para receber atendimento. Moradora do Parque Califórnia, Leda relatou que não teria condições de se deslocar até Guarus e questionou a suspensão das atividades se os danos foram registrados apenas na entrada da unidade, o que não comprometeria o funcionamento.
Feirante do Mercado Municipal, Fabrício Henriques, 40 anos, também buscou a UPH e não conseguiu a consulta que precisava. “Vim tentar ser atendido aqui, mas não está atendendo. E é o único lugar disponível que eu tenho para fazer essa consulta, é o mais próximo. Deixei de trabalhar para vir hoje. Estou com problema de pele, preciso da consulta e não tem ninguém para me atender. Fica difícil. Falaram para eu ir à UPA, HGG ou PU (atual UPH) de Guarus”.
Taxista que trabalha há 17 anos no ponto em frente à UPH, Moisés Guimarães de Souza relatou que, com a greve dos servidores municipais, o movimento havia caído, mas a situação piorou após a paralisação das atividades na unidade.
— Movimento está zerado. Com a unidade parada, é impossível trabalhar. Não tem movimento. Não só para mim, como taxista, mas para as pessoas que dependem da unidade para serem atendidas. No momento, está desse jeito. Tudo depredado. Não só pelo episódio que aconteceu, mas também porque, há muito tempo, isso aí está deteriorado. Infelizmente. Lamento dizer isso. Não sou funcionário, mas dependo da unidade — lamentou.
O taxista contou que, segundo relatos de populares, um paciente psiquiátrico teria chegado à unidade e, devido a problemas relacionados a atendimentos, arremessou e quebrou objetos e vidros da UPH. “Esse indivíduo fez tudo isso, depredou, e ficou por isso mesmo. Quem sofre com isso é a população. Afinal de contas, é uma unidade referência aqui na região”.
Por meio de nota, a Prefeitura de Campos confirmou que o autor da depredação é um paciente psiquiátrico que chegou acompanhado pela mãe. Ele havia “sido anteriormente atendido e medicado na unidade ao lado” e “teria se dirigido à Unidade Pré-Hospitalar da Saldanha Marinho, onde apresentou agitação anteriormente não detectada no primeiro atendimento. Os seguranças que estavam no local não puderam contê-lo de imediato, para que fosse preservada plenamente a integridade física do paciente”.
Ainda em nota, a Prefeitura explicou que “imediatamente, detectado o dano ao patrimônio público, a Polícia Militar foi acionada e o paciente devidamente contido. Foi feito boletim de ocorrência no sábado mesmo”. A sala de atendimento da UPH da Saldanha Marinho ficou interditada no último domingo (9) e permaneceu nesta segunda (10) até que os reparos necessários fossem realizados. Ainda segundo a Prefeitura, no local, foram mantidos os atendimentos emergenciais, pela entrada lateral. “A Fundação Municipal de Saúde (FMS) explica que todas as medidas estão sendo tomadas para reparo, o quanto antes, do material danificado e reforço à segurança nos diversos aspectos”.

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