Durante a apresentação do documentário “Dominion” (2018), de Chris Delforce e Lysse Jane, quarta-feira (8), no Cineclube Goitacá, que denuncia a matança de animais em fazendas da Austrália, a jornalista e ativista de Direito Animal, Thaís Tostes, salientou que é importante levar informações ao público porque existe uma blindagem sobre a questão exercida por grupos econômicos que dominam o setor alimentício no mundo.

— Reconheço que as imagens são chocantes e ferem a sensibilidade humana. Contudo, é preciso mostrá-las para que haja maior consciência em torno do assunto. No Brasil, a questão está piorando, notadamente, agora no governo Jair Bolsonaro que está incentivando a caça de animais, através da liberação do uso de armas por parte da população. Enfim, é importante discutir a matança indiscriminada de animais — salientou.

O documentário “Dominion” foi filmado na Austrália e denuncia os bastidores da agropecuária que se pratica hoje em todo mundo, questionando a mortalidade e a validade do domínio da humanidade sobre os animais. Embora aborde principalmente sobre os animais explorados pela indústria da alimentação, o documentário mostra outras maneiras pelas quais os animais são explorados pelos humanos, como, por exemplo, nos setores de roupas, entretenimento e pesquisa.

Após a exibição de “Dominion”, Antonio Diniz, integrante do Coletivo Vegano, disse que a mudança do quadro aterrador depende fundamentalmente da alteração do hábito alimentar. “Depende de nós quando decidimos o que vamos comer. Se continuar insistir em práticas atuais, nada vai mudar. O futuro vegano é possível e, por isso, estamos nessa luta”, acrescentou.