"Acredito em Ciro com o PT"
Aluysio Abreu Barbosa 25/09/2018 10:10 - Atualizado em 25/09/2018 17:34
Divulgação
 
 
Na entrevista exclusiva que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu à Folha da Manhã em 6 de dezembro, o repórter do jornal se sentou à mesa com o ex-presidente, o senador Lindbergh Faria (PT) e o então pré-candidato a deputado federal José Maria Rangel (PT). O que bastaria para endossar o último como petista “de raiz”, condição reforçada por sua militância de anos no Sindipetro do Norte Fluminense, tradicional bastião do partido na região. Com sua postulação à Câmara Federal confirmada em convenção, José Maria falou à Folha mais como analista político do que como candidato. Entre os principais nomes na disputa presidencial e a governador do Estado, ele claramente tomou partido.
Jair Bolsonaro – Um fascista enrustido, que traz sérios riscos à sociedade e à democracia. Ele está no Congresso há quase 30 anos e sempre manteve sua apologia à ditadura no discurso. Sua agenda econômica põe em risco nossas empresas públicas, em especial a Petrobras.
Fernando Haddad – A pedido do Lula, recebeu a grandiosa missão de enfrentar esse pleito eleitoral. Foi ministro da Educação e é um dos responsáveis por uma das mais importantes transformações em nosso país, ao ampliar as oportunidades de ensino. É o candidato do povo, das bases sociais e dos trabalhadores. Representa a continuidade do governo Lula.
Ciro Gomes – É um quadro da esquerda brasileira, mas muitas vezes se perde. Erra ao defender uma política econômica que possa prejudicar os trabalhadores. Apesar disso, acredito que estará junto com o PT no segundo turno.
Geraldo Alckmin – É o candidato do mercado e dos empresários, dos poderosos. Tem uma agenda contra o povo, contra os trabalhadores e contra as empresas públicas. Ajudou a aprovar medidas como o teto de gastos públicos e a reforma trabalhista, além de defender a reforma da previdência.
Marina Silva – É uma candidata que sujou a sua história ao se submeter aos interesses da direita. Vive em cima do muro. Está disputando a presidência pelo terceiro partido diferente e com alianças de ocasião. Possui uma agenda econômica conservadora.
Luiz Inácio Lula da Silva – Melhor presidente do país e uma das maiores lideranças da esquerda mundial. É um exemplo que nos guia em busca da melhor qualidade de vida para o povo e para os trabalhadores. Foi o presidente que levou a Petrobras a um grau nunca visto antes na história da empresa, descobrindo o pré-sal, reativando a indústria naval, gerando empregos, renda e tecnologia. Sua prisão injusta e ilegal representa a perda de 13 anos de conquistas.
Eduardo Paes – O Eduardo Paes, como prefeito, fez trabalhos importantes em parceria com os presidentes Lula e Dilma, preparando a cidade do Rio de Janeiro para ser a vitrine do Brasil nos últimos anos. Mas tenho severas críticas perante os descuidos com alguns legados não concluídos na sua gestão e o descaso com os servidores municipais.
Romário Faria – Apesar de ter feito um trabalho importante em defesa das pessoas com deficiência, nos momentos cruciais sucumbiu aos interesses que culminaram com a crise institucional, política e econômica que atravessamos nesse desgoverno Temer.
Anthony Garotinho – O Garotinho representa a velha classe política e o início do cenário falimentar que vivemos tanto no Estado do Rio de Janeiro, quanto em Campos. Teve todas as oportunidades possíveis para preparar a nossa cidade para um cenário econômico independente das receitas provenientes da indústria de petróleo e simplesmente jogou fora.
Tarcísio Motta – Assim como a Márcia Tiburi, candidata do PT, o Tarcísio também é professor e conhecedor dos problemas da educação pública. Realizou um bom trabalho como vereador do Rio de Janeiro. Defende a democracia e vê o presidente Lula como preso político.
Voto útil – Para a defesa da democracia é algo a ser pensado por todos e todas já no dia 07 de outubro. O voto em um candidato com chances reais de combater o fascismo, com compromissos firmes com a classe trabalhadora e o desenvolvimento do país, é fundamental para recolocarmos o Brasil no caminho do desenvolvimento com justiça social.
Segundo turno – As pesquisas apontam que, no segundo turno, teremos uma disputa não só de projeto político. Mas, sim, se queremos um país que defende a tortura, a ditadura militar e a disparidade salarial entre homens e mulheres, ou um Brasil com igualdade de oportunidades e no combate contra o racismo, misoginia e todas as formas de preconceito.
Novo Congresso – Uma análise feita pelo Diap aponta que os brasileiros estarão renovando o congresso nacional em quase 50%. Só que para pior: mais elitista, preconceituoso e contra os trabalhadores. Contra isso, temos a necessidade de eleger novas candidaturas com compromisso com a classe trabalhadora e dos movimentos sociais. Precisaremos ter uma grande base de apoio para fazer o embate contra a reforma da Previdência, por exemplo.
Governo Rafael Diniz – A atual gestão municipal perdeu uma grande oportunidade de promover o desenvolvimento da nossa cidade. Ao invés de cortar privilégios e priorizar os mais vulneráveis, acabou com diversos programas sociais que impactam diretamente na vida do trabalhador, como o Restaurante Popular e o fim do subsídio na passagem urbana.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS