Coppam aprecia requerimento de proprietários do Hotel Flávio
28/06/2018 19:05 - Atualizado em 02/07/2018 13:35
Conciliar segurança e preservação foi o foco da reunião extraordinária do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) na tarde desta quinta-feira (28). Os conselheiros debateram e responderam ao requerimento da família proprietária do antigo Hotel Flávio, construído no século XIX, para demolição do quarto pavimento do imóvel. O prédio tombado pelo patrimônio estava abandonado e sofreu desmoronamento parcial na última segunda-feira (25).
Os proprietários solicitaram a demolição do quarto andar por apresentar grande possibilidade de novo desmoronamento com riscos aos prédios vizinhos, que estão interditados pela Coordenadoria Municipal da Defesa Civil. Com cautela, a solicitação foi aprovada com ressalvas. A presidente do Coppam, Cristina Lima, refletiu sobre a decisão tomada, lembrando que há uma sentença proferida recentemente pela Justiça e que será publicada no Diário Oficial de Justiça.
— Temos que conciliar a necessidade de preservação do patrimônio histórico com a segurança no local. O parecer técnico indica iminência de desmoronamento de parte do quarto pavimento, então, aprovamos a demolição cuidadosa e solicitamos a guarda do material a ser reaproveitado posteriormente em restauração. Ressaltamos também a necessidade de escoramento para evitar novos acidentes. É importante lembrar que já existe uma condenação para que a família restaure o imóvel — explicou Cristina.
A Coordenadoria Municipal da Defesa Civil mantém isolada a área do desmoronamento e interditados os prédios vizinhos ao lado da centenária construção. A Guarda Civil Municipal fez a interdição do trânsito na rua Carlos Lacerda, entre as ruas Sete de Setembro e 21 de Abril, para evitar imprevistos. O arquiteto e membro do Coppam, Humberto Netto, ressaltou que a restauração de parte do prédio ainda é viável.
— Preservar parte do Hotel Flávio é possível. Neste momento, em caráter de urgência, a família proprietária fará a demolição do quarto pavimento e precisará fazer o escoramento da fachada. É importante que este ato seja cuidadoso para não prejudicar a estrutura ou descartar partes que possam ser reaproveitadas em futura restauração — comentou Netto.

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