Trump assina ordem para evitar separação de famílias de imigrantes
20/06/2018 17:39 - Atualizado em 02/07/2018 18:46
O presidente americano Donald Trump assinou nesta quarta-feira (20) uma ordem para evitar a separação das famílias de imigrantes que cruzarem a fronteira com o México. Segundo a ordem, imigrantes que entrarem ilegalmente nos EUA serão detidos juntos. Trump mandou o Departamento de Defesa tomar as medidas para acolher as famílias da forma necessária.
O decreto também dará prioridade a essas famílias no que diz respeito aos procedimentos de imigração, mas não acabará com a política de tolerância zero do governo sobre a imigração ilegal, afirmou a autoridade. "Vamos manter as famílias juntas", explicou Trump.
A política estabelecia que imigrantes ilegais adultos tenham que responder a processos criminais. Com isso, os menores de idade que chegavam junto com seus pais eram separados e levados a abrigos sob custódia do governo.
Funcionários do Departamento de Administração trabalharam desde a manhã de quarta-feira em uma ordem executiva para o presidente. Houve conversas contínuas entre a Casa Branca, o Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Interna, explicou uma fonte da CNN.
Crianças brasileiras em abrigos - Quarenta e nove crianças brasileiras estão em abrigos e foram separadas dos pais ao ingressarem ilegalmente nos Estados Unidos. A informação é do cônsul-geral adjunto do Brasil, em Houston, Felipe Santarosa, dada em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, os dados foram repassados pelo governo dos Estados Unidos, mas não há detalhes acerca da idade das crianças nem da cidade em que estão abrigadas.
O cônsul informou que, inicialmente, tinha conhecimento de 8 casos de crianças em abrigos e que essas informações chegaram por meio do contato de pessoas com o serviço de apoio a brasileiros no exterior. Ele acrescentou que recebeu hoje (20) a informação de mais uma criança na mesma situação. Todos os 9 casos foram comunicados à autoridade brasileira por parentes.
Santarosa disse que a preocupação inicial é colocar as famílias em contato. O trabalho será localizar as crianças, visitá-las e verificar as condições em que estão. Depois, o intuito é estabelecer contato com as famílias. Ele esclareceu que o governo não pode interferir na questão judicial dos Estados Unidos. (A.N.)

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