Filme de Mark Hermann leva plateia à reflexão sobre guerra
14/06/2018 18:12 - Atualizado em 18/06/2018 13:41
Gleice Cabral Rebel apresentou filme
Gleice Cabral Rebel apresentou filme / Rodrigo Silveira
“É um filme curto, muito bonito, que leva à reflexão, com um final surpreendente e chocante”. O comentário foi feito pela cirurgiã-dentista Gleice Cabral Rebel logo após a exibição do drama “O Menino do Pijama Listrado” (The Boy in the Striped Pyjamas, 2008), que foi exibido na quarta-feira (13), no Cineclube Goitacá. A obra, do diretor Mark Herman, foi debatida pelos cineclubistas na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro, com entrada gratuita.
A história se passa na Alemanha, Segunda Guerra Mundial. Lá, o menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele.
Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.
— O final do filme mostra que o holocausto não tem um final feliz. A história mostra duas crianças que levam uma amizade acima de qualquer preconceito. É um longa-metragem para a gente assistir com sensibilidade e refletir sobre questões que acontecem no mundo — disse.
Ainda segundo a apresentadora da noite, o diretor gostaria que o final do filme fosse diferente.
— Ele queria que os dois meninos sobrevivessem. Porém, isso não vende. No fim, as duas crianças morrem, e isso mostra o quanto o mal que o pai do Bruno e todos os nazistas fizeram aos judeus acabou voltando para a própria família dele — comentou.
Após a sessão, a médica Sandra Maria Teixeira dos Santos descreveu o filme de Mark Herman como “chocante”. Do longa-metragem, Gleice destacou as atuações das crianças.
— Eu fiquei impressionada com o trabalho deles. Os dois são atores muito novos, mas estavam muito bem. (J.H.R.)

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