Temer diz que Lula não está "morto"
30/01/2018 10:40 - Atualizado em 30/01/2018 16:53
Michel Temer
Michel Temer / Antonio Cruz/ Agência Brasil
O presidente Michel Temer (PMDB) disse, nesta segunda-feira (29), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que preferia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse se candidatar para, segundo o peemedebista, que fosse derrotado nas urnas em outubro. Temer ainda afirmou que o ex-aliado não está morto politicamente, apesar da condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no caso do triplex do Guarujá.
— Ele é uma figura de muito carisma. Não sei dizer se ele está morto eleitoralmente, ou seja, se ele vai participar das eleições ou não, mas dizer que a imagem dele, a palavra dele, a presença do passado dele não vai ter alguma influência? Eu acho que, aí morto ele não está — disse Temer.
A candidatura do ex-presidente Lula e uma eventual derrota nas urnas seria capaz de pacificar o país, segundo o presidente, que se negou a comentar os aspectos jurídicos da decisão que condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Politicamente, no entanto, Temer disse que preferia que o petista pudesse disputar as eleições.
— Sua não-participação tensiona o país, e o que temos que fazer no Brasil é distensionar as relações. Vivemos um tensionamento permanente. Eu pessoalmente acharia, sob o foco político, que se ele pudesse disputar as eleições e ser derrotado, seria melhor para o país — afirmou.
Durante a entrevista, Temer afirmou ainda que gostaria de ter um sucessor que “defendesse o seu legado”. O presidente se negou a apontar quem seria o seu sucessor favorito e disse que trata com naturalidade o interesse de alguns de seus aliados, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Cãmara, Rodrigo Maia, no cargo de presidente.
Hoje desafetos, Temer e Lula foram aliados recentemente. O peemedebista foi vice na chapa que reelegeu Dilma Rousseff (PT) à presidência em 2014. No entanto, o peemedebista chegou ao cargo máximo da nação após o processo de impeachment da petista em em 2016. (A.S.) (A.N.)

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