Macaense atravessa o Atlântico e sonha com o topo no MMA
Paulo Renato Porto 16/01/2018 11:08 - Atualizado em 18/01/2018 14:08
MMA internacional
MMA internacional / Divulgação
A sequência de vitórias, entre outras proeza no MMA, tem permitido ao macaense Gabriel Leite de Oliveira, de 28 anos, sonhar com o topo mais alto na carreira. Oliveira ganhou notoriedade após aplicar um nocaute brutal em Tatsuya Kawakiri, no Japão, ao acertar uma joelhada no queixo no atleta nipônico, que caiu apagado no ringue, com um minuto do segundo round, em outubro, na sua estreia no Rizin Fighting World Grand Prix, resultado que o colocou nas finais do principal evento da modalidade no Japão, entre 29 e 31 de dezembro.
Entretanto, o peso-galo e atleta da Hebrom Fight que estava invicto na carreira, acabou nocauteado pelo japonês Kyoji Horiguchi, na Saitama Super Arena, no Japão. O resultado, contudo, não diminuiu seu ânimo. Pelo contrário, seu apetite por vencer lhe permite ambições e vôos maiores.
—Sei que não sou mais uma promessa no esporte, mas uma realidade. Estão de olho em mim. E eu quero ser campeão do UFC — projetou.
Seu treinador Fábio Nobre reforça suas qualidades e força de vontade. Nobre afirma que Gabriel de Oliveira só deu os primeiros passos no MMA internacional, mas já alcançou resultados que muitos, com anos a mais de carreira, não conseguiram.
— Ele acredita que as conquistas se devem a dois fatores: cabeça boa e um espírito de guerreiro. Nos meus muitos anos como professor, vi poucos com o potencial e, principalmente, a vontade que ele carrega dentro dele. É um atleta obstinado, que realiza treinos muito intensos sempre, é muito habilidoso e concentrado. Eu acredito que ele vai figurar entre os tops do mundo em pouco tempo— aposta.
No exterior, Gabriel conquistou também o cinturão do Peru Fighting Championship. Já em eventos do Brasil, o peso galo é o dono de cinturões do X-Force e do Top Fight. O cartel vitorioso o levou para a Agência Top Fight, que conta com nomes como Jéssica “Bate-Estaca” Andrade, atleta do UFC.
—Todos esses eventos foram portas de entrada para o Rizin, que tem outra magnitude. Tenho mais lutas no Japão e convites para outras. Então, agora é outro patamar— disse o atleta.
As artes marciais sempre estiveram presentes na vida de Gabriel de Oliveira, que teve aulas de taekwondo, judô e outras modalidades. Até que, aos 16 anos, voltou às artes marciais para nunca mais deixar. “Eu escolhi a luta e a luta me escolheu”, afirma.
Depois, começou a praticar jiu-jitsu e muay thai, sempre acompanhando eventos de MMA e os grandes ídolos do esporte, como Anderson Silva, sua grande inspiração.
— Admiro quem sobe na vida através do esforço, dedicação e merecimento. Nada veio fácil para o Anderson e ele chegou ao topo. É uma trajetória que me inspira — admite Oliveira.
A primeira oportunidade no MMA, em 2013, chegou em meio a um momento complicado, com o grave acidente sofrido por seu pai.
—Foi bem difícil ter que me preparar para a luta com meu pai no hospital. Mas algo me dizia para não desistir do meu sonho. Tenho certeza que era o que ele queria—, relata emocionado ao lembrar que o Sr. José Pereira acompanhou apenas essa luta.

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