Na nuvem de poeira armada antes da apresentação das alegações finais da Ação Penal que apontou o ex-governador Anthony Garotinho (PR) como líder do "escandaloso esquema" do Cheque Cidadão, vários advogados foram destituídos pelo hoje condenado a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão no caso.
Primeiro foi o escritório de Fernando Fernandes (
aqui), depois o de Rafael Farias (
aqui). O ex-governador chegou a destituir e proibir outros advogados, Thiago Godoy e Carlos Eduardo Ferraz, de apresentarem as alegações finais, passo necessário para a sentença (
aqui). Isso levou o juiz Ralph Manhães - à época à frente das investigações - a nomear um advogado dativo (
aqui) e (
aqui) .
Eles foram (re) nomeados depois, junto com Carlos Fernando dos Santos Azeredo, advogado que assumiu o caso no início de setembro, pouco antes da condenação e prisão de Garotinho.
Acontece que...
Hoje, o advogado Carlos Eduardo Motta Ferraz protocolou no TRE renúncia da defesa na Chequinho. Motta Ferraz e Godoy vinham tendo uma atuação decisiva no caso. Os dois, inclusive, acompanharam no TSE o julgamento que livrou Garotinho da cadeia.
Mas, o teor da petição apresentada hoje dá a entender que o advogado não quer mais estar associado ao caso. Ou a Garotinho. Ou a ambos.