"A Pele que Habito" no Cineclube Goitacá
Matheus Berriel 17/10/2017 16:41 - Atualizado em 20/10/2017 17:06
Na noite desta quarta-feira , o cineasta e publicitário campista Felipe Fernandes apresentará o longa-metragem “A pele que habito” (La Piel que Habito, 2011), dirigido pelo espanhol Pedro Almodóvar, no Cineclube Goitacá. A sessão começa às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, localizado à esquina da rua Conselheiro Otaviano com a Treze de Maio, no Centro de Campos. A entrada é gratuita. Ao final da exibição, será realizado um debate sobre o filme, enquadrado nos gêneros drama e suspense, com um pouco de terror, que teve seu roteiro baseado no livro Mygale (1995), publicado posteriormente sob o título Tarântula (2005), de autoria do escritor francês Thierry Jonquet.
— Sempre que tenho a oportunidade de apresentar um filme no Cineclube, prezo por escolher um longa que eu acredite que traga temas pertinentes e, de certa forma, atuais, que possam gerar um belo debate após a exibição. Tendo isso em mente, procuro por longas que não sejam tão óbvios. Gosto de levar filmes que poucos tenham conhecimento. Esse filme é de um diretor espanhol consagrado, mas em que ele trabalha em um gênero completamente diferente do habitual. Se trata de um filme de terror em que Almodóvar usa temas e características recorrentes, como as cores, em sua filmografia, mas se adapta de uma forma extraordinária às nuances do gênero, construindo um filme instigante que não foge ao gênero nem ao estilo do cineasta — comentou Felipe Fernandes, que frequenta o Cineclube Goitacá há um ano e meio e terá a função de apresentador pela quinta vez.
“A pele que habito” marca o reencontro profissional de Pedro Almodóvar e o ator espanhol Antonio Banderas, que não trabalhavam juntos há mais de 20 anos. Na obra, Banderas interpreta Roberto Ledgard, um conceituado cirurgião plástico que, depois de ter perdido a esposa, morta queimada em um acidente automobilístico, trabalha secretamente para desenvolver uma pele invulnerável ao fogo. Posteriormente, acontece a morte de sua filha Norma (Bianca Suárez), que possuía problemas psicológicos. Com a intuição de que ela foi estuprada, o cirurgião elabora um plano para se vingar do suposto estuprador, fazendo dele sua cobaia de forma involuntária.
— O filme provoca fortes reações. É até difícil falar, pois é um longa tão bem construído que, quanto menos o espectador souber, melhor será sua experiência ao assistir — completou Felipe.
Em 2011, “A pele que habito” foi indicado à categoria de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, vencida por A Separação (Jodaeiye Nader az Simin, 2011). Entre os prêmios recebidos, faturou o Prêmio Saturno, na mesma categoria, e o Prêmio da Juventude do Festival de Cannes, onde também foi indicado para a Palma de Ouro, sendo superado por “A Árvore da Vida” (The Tree of Life, 2011).
O apresentador — Felipe Fernandes se formou em cinema no ano de 2009, na universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Já trabalhou como produtor e diretor em alguns curtas-metragens. Tem cursos de formação em roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro e de direção cinematográfica pela estadunidense New York Film Academy. Atualmente, trabalha com publicidade em Campos e pretende, em breve, desenvolver um curta-metragem na região, com o objetivo de “fomentar um pouco essa área tão carente em nossa cidade”.

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