Anúncio de greve não interrompe diálogo
24/08/2017 21:43 - Atualizado em 27/08/2017 12:25
André Oliveira
André Oliveira / Supcom
Após o Sindicato Profissionais dos Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) decretar greve geral de sete dias a partir de 4 de setembro, depois assembleia na noite da última quarta-feira, o secretário municipal de Gestão, André Oliveira, afirmou que o governo tem compromisso em continuar dialogando com os servidores e que os pagamentos estão sendo feitos sem atrasos.
— Até agora não recebemos nenhum comunicado oficial do Siprosep. Não sabemos o motivo que alegaram para decretar greve, não recebemos uma ata da assembleia de ontem (quarta-feira). O que posso dizer é que os pagamentos têm sido feitos rigorosamente em dia. E que continuamos abertos ao diálogo, não só com o Siprosep, mas diretamente com as categorias, como os médicos, os profissionais de enfermagem, os técnicos de radiologia. E o diálogo é direto com o prefeito Rafael Diniz (PPS). Sou servidor municipal há 17 anos e não me lembro do servidor sendo recebido sempre pelo prefeito, como vem ocorrendo em Campos desde 1º de janeiro de 2017 — declarou André.
No último domingo, a Folha da Manhã publicou uma entrevista, na qual o prefeito Rafael Diniz falou sobre cada uma das reivindicações colocadas pelos próprios servidores. Além do presidente do Siprosep, Sérgio Almeida, e da líder da oposição na disputa política interna pelo controle do sindicato, Elaine Leão, quem também apresentou os pleitos analisados por Rafael foi o presidente do Sindicato dos Médicos, José Roberto Crespo.
O vice-presidente do Siprosep Fábio Almeida disse que irá informar ao Executivo e ao Legislativo sobre o movimento e relatou que a categoria busca melhores condições de trabalho. “Nosso objetivo é parar toda a categoria. Estamos nos mobilizando e vamos visitar todos os setores da Prefeitura para que o servidor venha fazer parte da nossa luta, que é de cada um dos servidores. Estamos nos preparando para informar ao Executivo e também ao Legislativo a paralisação, que será de sete dias. Queremos que o governo se sensibilize e reveja as necessidades da categoria, principalmente as péssimas condições de trabalho, o direito à reposição salarial, carga horária de várias categorias, a não retirada de gratificações, entre outras coisas que significam a valorização e o respeito ao servidor. O prefeito já se mostrou aberto à negociações. Vamos ver como vai ser com a paralisação de todos os setores”, disse Almeida.
Já Elaine Leão disse esperar que o governo chame os servidores para conversar antes dos sete dias. “O problema enfrentado pelo servidor hoje é uma constante. Não dá mais para ficar esperando uma posição do governo. Temos que evoluir e o sindicato está propenso a isso. Chamar todos os servidores para perto, para lutar pelos seus direitos. O servidor ainda está muito cauteloso, com medo de represálias. Entendemos que a Prefeitura precisa economizar, mas não pode atingir o servidor. Serão sete dias, mas espero que o governo chame para conversar antes de concluir os sete dias de paralisação”, pontuou Elaine. (A.A.B.) (J.R.)

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