Colégio Agrícola em resistência
Matheus Berriel 25/08/2017 21:38 - Atualizado em 27/08/2017 10:43
Na noite desta sexta-feira, o vereador Jorginho Vigílio (PRP) recebeu, em seu gabinete, o deputado estadual Comte Bittencourt (PPS), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O objetivo foi traçar planos para que a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) possa assumir a titularidade da Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, que hoje pertence à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Os professores Marcelo Almeida e Victoria Carogio também estiveram presentes e apresentaram suas ideias.
De acordo com Marcelo, há tempos a Faetec não vê com bons olhos o funcionamento do Colégio Agrícola, como também é conhecida a instituição. No ano passado, a unidade experimental da Uenf, que funciona no local foi alvo de ação de bandidos, que roubaram equipamentos e fizeram um aluno refém. Recentemente, os professores souberam que, pelo aumento na demanda de energia, a empresa Furnas estuda construir uma subestação de energia na área do Colégio Agrícola, onde já se encontram algumas torres de transmissão. A área seria a mesma onde está a unidade experimental da Uenf.
O deputado Comte Bittencourt se comprometeu a buscar informações com a Casa Civil e a secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social sobre a situação, além de verificar o interesse da Uenf em assumir o Colégio Agrícola.
— O Estado tem de seis a sete unidades, os antigos Colégios Agrícolas, e a maioria está sucateada, inclusive o daqui de Campos. A Uenf tem em seus cursos uma grande vertente para a área rural. Seria uma boa iniciativa buscar uma parceria com a Faetec e assumir a Colégio Agrícola, como se fosse um colégio de aplicação. Vejo com bons olhos e acho viável, se a comunidade universitária da Uenf tiver esse entendimento — afirmou.
Um fator que pode dificultar a investida da Uenf é a falta de verba para custeio. Atualmente, as aulas estão suspensas, devido à greve que já dura 23 dias. Apesar dos servidores terem recebido os salários atrasados de maio, junho e julho, ainda não tiveram os pagamentos do 13º de 2016 e metade do deste ano. “A preliminar com a Uenf é fundamental. Temos que ver como pode absolver isso na sua atual estrutura”, completou Comte.
Doações - Na Uenf, foi suspensa a campanha de doação de cestas básicas para os servidores que estão passando por dificuldades financeiras. O motivo foi uma queda considerável na doação de alimentos. De acordo com a técnica-administrativa Maristela Dias, a campanha será retomada caso o pagamento de agosto dos servidores não seja cumprido regularmente.

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