Recuperação de bens históricos
Jhonattan Reis 25/08/2017 19:05 - Atualizado em 28/08/2017 14:14
Barão de Vila Flor
Barão de Vila Flor / Raíssa Teles Bicock - Divulgação
Com o objetivo de guardar memórias do município de São Fidélis, o Museu e Biblioteca Corina Peixoto de Araújo, localizado à praça Guilherme Tito de Azevedo, no Centro da cidade, passa por readequações para acomodar bens que pertenceram ao Barão de Vila Flor e sua família, e que foram doados no mês passado por descendentes do barão. O museu e biblioteca funciona no antigo Solar de João Manoel de Souza, o Barão de Vila Flor, ilustre personagem do Brasil imperial. De acordo com o secretário Municipal de Cultura e Turismo, Ely Corrêa, dentre os móveis e objetos que foram doados estão uma cama de casal, um criado mudo, cadeiras almofadadas, confetes de ouro que eram usados em festas de Carnaval e um jogo de louça inglesa.
— Inclusive, nessa cama, que pertencia à baronesa de Vila Flor, dormiu a Princesa Isabel, em uma das visitas que ela fez a São Fidélis, segundo descendentes do barão, que tiveram as informações passadas de geração em geração. Todos os materiais foram recebidos na segunda quinzena de julho e atualmente estão sendo acomodados e pesquisados, pois estamos trabalhando para ajeitá-los de acordo com a história. Pretendemos remontar um cômodo como o quarto da baronesa. O museu vai ganhar uma nova roupagem.
Segundo Ely, o objetivo é resgatar a memória da cidade.
— Queremos que as pessoas passem em frente ao museu e biblioteca, entrem no solar e saibam a história deste lugar. A população saberá que ali foi a casa do Barão de Vila Flor. Estamos trabalhando a memória do município.
Museu de São Fidélis
Museu de São Fidélis / Raíssa Teles Bicock - Divulgação
Após acomodar os bens recebidos, Ely e a equipe do museu e biblioteca pretendem montar uma exposição.
— Isso deve acontecer em abril do próximo ano, durante a festa do padroeiro. Também devemos fazer uma reinauguração do memorial Terra de Luz, que é anexo ao museu.
O secretário Municipal de Cultura e Turismo também explicou sobre a doação dos bens.
— Eu fui secretário entre 2001 e 2004. Em 2003, criei, anexo ao museu, o memorial Terra de Luz e fiz algumas realizações nessa época. Entre elas, trouxe para o cemitério da cidade os restos mortais do barão e da baronesa. Também encontrei alguns descendentes do Barão de Vila Flor em Niterói, inclusive filhos de Corina Peixoto de Araújo, que dá nome ao museu e biblioteca e é neta do barão, e eles que doaram alguns pertences da família para a municipalidade — relatou, continuando:
  • Bens do Barão de Vila Flor

    Bens do Barão de Vila Flor

  • Bens do Barão de Vila Flor

    Bens do Barão de Vila Flor

  • Bens do Barão de Vila Flor

    Bens do Barão de Vila Flor

— Agora, de volta à secretaria, perguntei aos descendentes se eles teriam mais pertences do barão para doar para a municipalidade. Foi então que eles, após todos assinarmos os termos de doação, doaram mais esses bens do barão e da baronesa.
Atualmente, o Museu e Biblioteca Corina Peixoto de Araújo conta com exposição sobre fatos históricos do município. O museu fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. As visitas escolares podem ser agendadas pelo número (22) 2758-6829.
Solar — O solar do Barão de Vila Flor foi doado à municipalidade em 1957 com o objetivo de o lugar se tornar um museu e biblioteca. “Esta casa foi construída em 1847, sendo a residência do Barão de Vila Flor do Centro da cidade. Ele fez esta casa com o objetivo principal de hospedar D. Pedro II e a princesa Isabel, o que aconteceu em décadas posteriores. O Barão de Vila Flor almejava que São Fidélis se tornasse independente de Campos, porque, até então, era província. Se tornou vila em 1850, passando a ser cidade em 1870”, explicou Ely Corrêa.

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