Garotinho nomeia advogado e juiz dá novo prazo
24/08/2017 21:21 - Atualizado em 27/08/2017 12:25
Garotinho
Garotinho / Folha da Manhã
Mais um capítulo da ação penal que tem o ex-governador Anthony Garotinho (PR) como réu foi escrito nessa quinta-feira. Ele tem um novo defensor no caso em que é acusado de liderar o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos, conforme denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). O defensor é Carlos Fernando dos Santos Azeredo, que, segundo a revista “Isto é”, em matéria publicada no ano passado, é um policial civil aposentado ligado ao grupo político de Garotinho — e também era advogado de Álvaro Lins em diversos processos, como informou o jornalista Arnaldo Neto no Blog do Arnaldo Neto, hospedado no Folha1. Foi determinado também um novo prazo para entrega das alegações finais do ex-governador: 6 de setembro. A decisão é do juiz Geraldo da Silva Batista Júnior, que responde interinamente pela 100ª Zona Eleitoral.
Nesta ação penal, Garotinho chegou a ser preso em novembro do ano passado, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) converteu a prisão em medidas cautelares, entre elas uma que impede o réu de visitar Campos sem autorização da Justiça. O ex-governador esteve no Fórum da cidade para a primeira audiência, no dia 20 de fevereiro. O show do Garotinho foi montado com direito a louvores, ataques à imprensa e claque. Ele foi dispensado de outras audiências, até ser convocado para seu interrogatório, no dia 27 de junho. Mais de 100 perguntas foram feitas pelo juiz Ralph Manhães. Em todas as respostas, Garotinho declarou apenas: “Tudo o que eu disser vai ser usado contra mim”. O ex-governador também não respondeu aos questionamentos do Ministério Público.
Foi nessa audiência que o clima esquentou entre Garotinho e seu então advogado Fernando Fernandes. O ex-governador chegou a demitir e readmitir o defensor na frente de todo mundo. Dias depois, foi oficializada a saída do escritório de Fernandes do caso. Passou a defender Garotinho o criminalista Rafael Faria, mas a relação não durou muito tempo. O rito do processo não foi interrompido, porque constavam dois defensores desde o início, Thiago Godoy e Eduardo Ferraz. O ex-governador também revogou os poderes conferidos a eles. Então, foi acionado o advogado dativo Amyr Moussallem, que renunciou antes de entregar as alegações derradeiras.
No último dia 16, o juiz Ralph Manhães, titular 100ª ZE, designou novo advogado dativo, Antônio Carlos Guzzo, e deu prazo de dez dias para entrega das alegações finais. Porém, no dia seguinte, o acusado ingressou com petição indicando ter outorgado procuração a Carlos Fernando dos Santos Azeredo. Agora, o juiz Geraldo da Silva Batista Junior deferiu o pedido de vista dos autos e fixou o dia 6 de setembro para entrega das alegações finais.

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