Crise do Estado afeta estrutura da polícia
csilva 16/10/2016 11:02
A crise que afeta o estado, que é o responsável pela manutenção das polícias Civil e Militar, tem atrapalhado a prestação de serviços. Neste ano, o estado do Rio de Janeiro não tem realizado regularmente o pagamento de servidores e fornecedores, o que tem prejudicado as atividades policiais preventivas, repressivas e investigativas. Em Campos, a falta de pagamento dos terceirizados fez com que o município assumisse parte da responsabilidade pela limpeza das delegacias. A administração municipal socorreu também o Instituto Médico Legal, que, em julho, ameaçava fechar as portas durante alguns dias da semana por falta de médicos legistas. [caption id="attachment_150" align="alignnone" width="640"]Oficina-da-PM-em-Guarus- Em agosto, as unidades da Polícia Militar no interior do estado ficaram sem o serviço terceirizado de manutenção de viaturas Foto: Michelle Richa[/caption] Viaturas da PM – O caso das viaturas da Polícia Militar também é emblemático. Em julho, o governador em exercício Francisco Dornelles admitiu em entrevista ao jornal O Globo que a segurança pública estadual estava sob ameaça e afirmou que só havia dinheiro para pagar combustível para os veículos até aquele fim de semana. Em agosto, as unidades da Polícia Militar no interior do estado ficaram sem o serviço terceirizado de manutenção de viaturas. O contrato com a empresa responsável acabou e, até abril, a dívida do Governo Estadual com a empresa era superior a R$ 2,2 milhões. A pesquisadora Luciane aponta que a falta de estrutura para uma maior presença da PM na rua é um aspecto importante. “O roubo é um crime de oportunidade, a ausência de viaturas nas ruas causam uma maior incidência de casos”, explica. Sobre o assunto, as autoridades locais preferiram não se manifestar e ressaltam o esforço das equipes de continuar mantendo a prestação do serviço da melhor forma possível. Leia também: Uma pessoa é vítima de roubo a cada seis horas em Campos

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    Camilla Silva

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