Inea analisa abertura da barra da lagoa de Grussaí
18/01/2017 18:49 - Atualizado em 20/01/2017 10:22
A secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos de São João da Barra busca autorização junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a abertura da barra da Lagoa de Grussaí, que apresenta problemas como poluição em alguns pontos e mortandade de peixes. Uma solicitação nesse sentido já foi feita e, na última terça-feira, 17, uma equipe do Inea esteve no local para a coleta e análise da água.
A suspeita é que exista uma proliferação de algas marinhas (cianobactérias) que, em decomposição em espaço fechado – no caso da lagoa – produz toxinas e compromete a oxigenação. “Realizamos a coleta em cinco pontos da lagoa e enviaremos esse material para o laboratório no Rio de Janeiro. Após a análise, será emitida a decisão sobre a abertura da barra”, explicou o integrante do setor de Fiscalização e Monitoramento do Inea, Cassiano Peixoto.
A abertura da barra, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Alex Firme, é uma solicitação de alguns pescadores do município e da população. Uma resposta positiva, segundo ele, é aguardada após a análise da água e apresentação dos resultados, pelo Inea, ao Comitê de Bacias da região e demais órgãos ambientais.
– Atendendo essa reivindicação e entendendo que essa intervenção é necessária, entramos em contato com o coordenador regional do Inea, Renê Justen, e continuaremos empenhados para que esse resultado saia o mais rápido possível, pois não podemos abrir a barra sem autorização do órgão competente – explicou o secretário, que participou da coleta juntamente com a subsecretária de Meio Ambiente, Joiciara Pedra e com a equipe da coordenadoria municipal de Defesa Civil.
Fiscalização do Defeso – Ao percorrer toda a lagoa de Grussaí, a equipe do Inea aproveitou para realizar uma fiscalização relacionada ao período do Defeso do Ambiente Marinho Continental (lagoas e rios), que teve início em dezembro e vai até março, no qual camarões, peixes e siris encontram-se em período de reprodução. Algumas redes foram apreendidas e a meta, de acordo com os representantes do Inea, é repetir regularmente a fiscalização e monitoramento, em conjunto com a secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Defesa Civil, Polícia Militar e Polícia Florestal. (A.N.)

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