No adeus a Fernandinho Vasconcelos, seu legado é reconhecido
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
Perda e legado
A volta às aulas no Colégio Estadual Constantino Fernandes, no Jóquei, em Campos, após o período de Carnaval terá um vazio. O mesmo que já é sentido por familiares, amigos e outros admiradores de Fernando Vasconcelos, o Fernandinho. Professor de história e diretor da escola, ele foi vítima de um enfarto fulminante e encontrado morto na manhã do último domingo (11) na sala de sua casa na praia de Chapéu do Sol, em São João da Barra, por uma irmã. Logo que seu falecimento foi noticiado, não faltaram depoimentos e comentários nas redes sociais sobre a importância dele para a Educação e o legado que deixa.
Ausência no Carnaval
Flávio Vasconcelos falou da paixão que o irmão de Fernandinho tinha também pelo Carnaval e o litoral sanjoanense, tanto que foi a ausência dele na Boneca do Waldir, em Grussaí, no último sábado que chamou atenção. Ele não respondeu a nenhuma mensagem dos irmãos e amigos. O portão estava fechado, mas a porta da casa estava aberta. O carro estava na garagem, os cachorros em casa e a carteira ao lado dele. Meu irmão era querido por todos. Não tinha uma pessoa que não gostava dele. Parece que eu estou vivendo um sonho. Ele amava o Carnaval e fez a sua casa na praia para curtir a aposentadoria. Agora vem a vida e passa essa rasteira nele”, lamentou.
Luto na Educação
A família esteve na delegacia de SJB (145ª DP) para registrar a morte e o corpo de Fernandinho foi encaminhado para o IML de Campos para exames que confirmaram o enfarto. O velório aconteceu entre domingo (11) e esta segunda, no cemitério Campo da Paz, e o sepultamento às 10h. Muitos amigos de profissão estiveram para o último adeus. O perfil oficial do Colégio Constantino Fernandes, em uma rede social escreveu: “Estamos dilacerados com a notícia de que nosso querido e amado diretor Fernando se foi. Não há palavras para descrever esse momento. Constantino Fernandes de luto”.

Ex-alunos lamentam
A publicação logo ganhou vários comentários, assim como a postagem feita na rede social da Folha sobre o falecimento dede Fernandinho, onde mais de 200 pessoas lamentaram a perda e deixaram muitos relatos de admiração ao profissional. Muitos ex-alunos como Jéssica Almeida. “Grande perda para educação! Excelente professor o melhor que eu tive como professor de história. E se hoje sou uma professora que sou elogiada pelos meus alunos foi porque eu aprendi com ele”. “Uma pessoa importantíssima na minha carreira artística! A primeira pessoa que me apoiou me dando spray e autorizando meu primeiro trabalho numa escola. Sem contar o excelente amigo que era. Descanse em paz, fessô”, disse outro ex-aluno.
“E agora?”
Pais de alunos também veem na perda incertezas em relação ao colégio. “Que notícia triste, Fernando estava tão satisfeito por conseguir a reforma da escola, cheio de projetos, sempre orgulhoso de todos os prêmios conquistados, rigoroso com as regras, mas sempre pronto pra receber os alunos e seus pais. Pessoa incrível! Meus sentimentos a todos em nome da minha família, meu filho está muito sentido, disse que a escola perdeu uma grande pessoa”, lamentou a mãe de um aluno do Constantino Fernandes. Outra indagou: “O que será do colégio agora? O Constantino só é o que é hoje pela dedicação e competência do grande educador que foi Fernando”
Politicamente
Um dos titulares desta coluna, o jornalista Aluysio Abreu Barbosa escreveu em no grupo mensagens do Blog Opiniões o seu testemunho sobre Fernandinho. “Politicamente, era um típico expoente do magistério lulopetista. Seu engajamento ativo e intransigente pela Educação fará falta a Campos. Assim como a figura pessoal que conseguia ser, ao mesmo tempo, assertivo e afável. Que, na partida inesperada em meio à folia destes dias de Momo, siga em paz”, escreveu. No mesmo grupo, o prefeitável de Campos pela direita, Alexandre Buchaul, postou: “Foi meu professor de história no Salesiano, um dos responsáveis pelo meu interesse em política”.
Lembranças
O Sepe Campos e a direção do Isepam também lamentaram a perda, assim como Odisséia Carvalho, presidente do PT, em Campos, que definiu Fernando como amigo, e o jornalista Cilênio Tavares. “Conheci Fernandinho e seus irmãos quando a gente participava de movimentos de grupo jovem na década de 1980. Eu e outros amigos, no Perseverança, da Penha, ele e seus irmãos, no Proser, do São José Operário. Estava há vários anos na direção do Colégio Estadual Constantino Fernandes. A vida se encarregou de destinar, a cada um dos participantes dos grupos, seu próprio caminho, mas quando nos encontrávamos, era sempre uma saudação respeitosa e bacana. Fernandinho era um cara agregador, de quem só se ouvia elogios em vida”.
Tricolor apaixonado
Entre as várias paixões e dedicações de Fernandinho já elencadas nesta coluna por seus familiares e amigos, faltou uma: o Tricolor carioca. “Assisti todo os jogos do Fluminense pela Libertadores com exceção da final no bar Para-raios no campo do Goitacaz na companhia de Fernando e outros tricolores apaixonados. Um diretor de escola competente. Um sujeito do bem! A vida é realmente um sopro! Que Deus conforte o coração da família e amigos”, escreveu também no Grupo Opiniões, o tricolor e ex-vereador de Campos Jorginho Virgilio.

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