Ponto Final: Wladimir em cordialidade com Jefferson ao estranhamento com Caio
- Atualizado em 02/08/2023 09:20
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
De olho em 2024
As eleições municipais acontecem daqui a pouco mais de 15 meses e a certeza de candidaturas é só a partir das convenções de julho do ano que vem. Mas, como esta coluna tem mostrado, além do prefeito Wladimir Garotinho (PP), candidato natural à reeleição, outra possível candidatura que parece não ter volta é a do professor Jefferson Manhães de Azevedo (PT), reitor do IFF. Há outros prefeitáveis, como o deputado federal Caio Vianna (PSD), o estadual Thiago Rangel (sem partido), o ex-prefeito Sérgio Mendes (Cidadania) e o presidente da Câmara Marquinho Bacellar (SD). No entanto, como esta coluna também vem adiantando: “todos dependem da conjuntura”.
“Adversários, mas não inimigos”
Como ficará o cenário para o próximo ano é uma incógnita, mas o que tem se pregado, até então, é um cenário pacificado com disputas no campo político. Foi o que pregaram nos últimos dias Wladimir e Jefferson, pelo menos na relação entre os dois. “A minha relação, seja com o prefeito e com todas as pessoas que eu lido sempre é muito respeitosa, muito ética. Eu acho que as pessoas públicas até podem ser, em determinados momentos, adversárias, mas não inimigas. Nós tivemos um desaprendizado agora nesses últimos quatro anos”, disse o reitor no Folha no Ar, da Folha FM, no último dia 28.
Encontro de prefeitáveis
Na ocasião, ao participar do programa da Folha FM 98,3, o prefeitável do PT fez críticas à gestão do prefeito Wladimir, principalmente no que se refere às oportunidades de emprego com a atração de mais empresas ao município. E foi justamente essa pauta que voltou a unir os dois nessa segunda-feira (31) para o lançamento de mais uma edição da Feira de Oportunidades, que tem a Prefeitura de Campos como uma das apoiadoras e acontecerá nos dias 21 e 22 de setembro, no Instituto Federal Fluminense - Campus Centro, das 14h às 22h, com entrada franca.
De Caio a Jefferson
Apesar das declarações críticas feitas pelo petista à gestão municipal e ser Jefferson hoje o nome mais garantido a uma disputa eleitoral contra Wladimir, o clima entre os dois no lançamento oficial da feira, no auditório da Firjan, foi de cordialidade. Perguntado sobre o encontro, Wladimir seguiu a mesma linha de paz que Jefferson tinha já adiantado também no Folha no Ar, mas alfinetou Caio Vianna. “Cordial como sempre, somos pessoas maduras. Caso haja o embate, será político, no campo das ideias e propostas. Para quem já enfrentou Caio Vianna, que apenas sabia agredir minha família… Gosto do debate. Vamos a ele”.
Precipitação?
O prefeito chegou a declarar, em 11 de junho deste ano, ao Blog Opiniões, do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, que achava precipitada uma possível candidatura de Jefferson à Prefeitura, o que também foi de acordo, no Folha no Ar do último dia 6, o geógrafo William Passos, mais ligado à esquerda. “Entendo que Wladimir está correto quando disse que a eventual candidatura do Jefferson pode ser queimar cartucho antes da hora. É muito mais fácil disputar contra o dono da máquina no segundo mandato, do que numa tentativa de reeleição”. Jefferson rebateu: “De fato, vai ser muito difícil. Mas, há possibilidade”.
Caio rebate
Mas se o clima entre Wladimir e Jefferson foi amistoso, o comentário feito pelo prefeito em relação a Caio Vianna mexe em feridas antigas, que remetem não só ao enfrentamento dos dois no último pleito municipal, mas também aos patriarcas Garotinho e Arnaldo Vianna. “A família Garotinho entende muito de agressão. Sou vítima desde os 16 anos, quando vociferavam ódio contra o meu pai, Arnaldo Vianna, sistematicamente. Wladimir precisa deixar o calendário eleitoral para o momento mais oportuno e trabalhar. A cidade bilionária continua sem saúde, sem transporte e com o comércio falindo diante de uma carga tributária estúpida”, disse Caio.
No palco
Por falar em patriarca, um dos homenageados com o Troféu Kapi na comemoração pelos 25 anos do Teatro Municipal Trianon, na noite de segunda-feira (31), o ex-governador Garotinho solicitou ao prefeito e filho a recriação do Coral Municipal e do corpo de baile do Trianon, além de que seja dado maior prestígio e atenção aos artistas locais, destacando que não era um pedido feito enquanto pai. Também homenageado, Wladimir falou de ações na área da cultura, afirmando falar como prefeito, “não como filho”. Disse que a cultura de Campos tem em 2023 o seu maior orçamento, com R$ 9 milhões e possibilidade de suplemento; entre outras ações.
Foco na Alerj
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) voltou do recesso com uma pauta mais tranquila nessa terça-feira (1). No entanto, o segundo semestre promete ser marcado por discussões importantes, como revelou o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), em entrevista de uma página para “O Globo”, onde falou das prioridades de votação e também sobre articulação política, além da relação com o governo de Cláudio Castro (PL), principalmente na reorganização das finanças do Estado, que enfrenta queda na arrecadação. Na pauta ainda deve entrar a implantação de emendas individuais impositivas de R$ 25 milhões por deputado.

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