Após 10 dias de férias, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, voltou ao trabalho nesta segunda-feira (5). Em vídeo publicado em suas redes sociais, ele fala que irá cumprir uma agenda no Tribunal de Contas do Estado (TCE) antes de voltar ao município e faz um alerta sobre o aumento de casos de dengue. Em Campos neste ano já foram registrados mais de 130 casos de dengue e 1 de chikungunya.
"Terminando minhas férias, energias renovadas, voltando para o trabalho. Estou indo agora para uma agenda no Tribunal de Contas do Estado e depois estou voltando para Campos para trabalhar muito mais ainda pelo nosso povo. Mas queria falar um poquinho a respeito da dengue. Tem aumentado muito o número de casos de pessoas infectadas pelo mosquito da dengue em todo o Estado do Rio e em Campos não é diferente. Mais de 80% dos focos de dengue estão em terrenos vazios e em casas das próprias pessoas. Então, a Prefeitura tem feito a sua parte, os agentes estão nas ruas, o carro fumacê também está na rua naqueles pontos identificados como os mais críticos, mas não adianta apontar o dedo para o Poder Público se você também não fizer sua parte. Cuidado com os seus imóveis, cuidado com os seus terrenos, cuidado com a sua casa para que a dengue possa ser combatida e possa ser vencida sem fazer nenhuma vítima", declarou o prefeito em vídeo.
Enquanto o prefeito estava de férias, quem assumiu o cargo foi o vice-prefeito Frederico Paes.
Descentralização - Nesta segunda-feira, a secretaria de Saúde informou que está descentralizando o atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de dengue, devido ao aumento considerável no número de casos, o que vem ocorrendo desde dezembro de 2023. O objetivo, segundo informou o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro, é fornecer assistência mais rápida e dinâmica, além de aumentar o conforto da população.
De acordo com o médico, a partir de agora, os pacientes podem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua região caso apresentem sintomas como febre repentina, usualmente entre dois e sete dias de duração; dores no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça; náuseas e vômitos, para que recebam as primeiras orientações. Já as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) estão preparadas para atender pacientes com essa sintomatologia e, caso haja persistência dos vômitos e aparecimento de petéquias (pintinhas avermelhadas pelo corpo), prova do laço positiva, leucopenia ou que tenham doenças crônicas pré-existentes, a fim de iniciar a hidratação venosa e coleta de exames, se necessário.
“A nossa previsão é a de que esse número continue aumentando de forma significativa. Diante disso, estamos orientando a população a procurar uma UBS ou Unidade Pré-Hospitalar mais perto de sua residência. Caso tenha como única opção uma UBS, vá até a unidade, onde receberá os primeiros atendimentos e orientações iniciais”, orientou Rodrigo Carneiro.
