Operação em Campos prende cinco pessoas, sendo dois advogados e três empresários
Ingrid Silva e Rafael Khenaifes 11/12/2024 08:11 - Atualizado em 12/12/2024 10:10
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Operação / Divulgação
Foi deflagrada, nessa quarta-feira (11), a Operação “Veritas Custodia” e as investigações apuram crimes de tortura e coação no curso do processo. A operação conjunta entre a Polícia Civil, através da 134ª Delegacia de Polícia (Campos), e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) tem advogados e empresários que atuam no município como alvos. Até o momento, cinco pessoas foram presas, sendo dois advogados e três empresários. Segundo a Polícia Civil, um desses empresários já estava preso, mas teve nova prisão decretada, e seria o Rogério Lopes, acusado de assassinar o empresário Renato Maciel no final de 2023. Ainda de acordo com a polícia, dois mandados ainda seguem em andamento contra outro advogado e um amigo da família, que são considerados foragidos da justiça.
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De acordo com a delegada titular da 134ª DP Carla Tavares, em coletiva de imprensa que aconteceu na manhã desta quarta, um dos advogados presos estaria envolvido no processo do assassinato do empresário Renato Maciel, e teria coagido uma testemunha a mudar o depoimento, fato que adiou o julgamento do caso, remarcado para 18 de março do ano que vem. Carla ainda ressaltou que Rogério, acusado de matar o empresário, teria enviado vídeos da prisão ameaçando a testemunha. 
Coletica de Imprensa
Coletica de Imprensa / Rafael Khenaifes


"A testemunha que passou a ser vítima nessa ação de coação no curso do processo noticiou o que foi ameaçada com o emprego de arma de fogo e teve seus familiares ameaçados, que foi levada até um cartório da cidade com o objetivo de assinar uma nova declaração que mudaria toda a versão dos fatos inicialmente apresentada, para que ficasse parecendo uma suposta legítima defesa por parte de Rogerio, no momento da discussão em que ele ceifou a vida da vítima do homicídio em si. E essa testemunha narrou, inclusive, a participação dos advogados de defesa de Rogério xerife nessa empreitada criminosa de coação. E ela apresentou mensagens que recebeu, tem prints dessa mensagem, tudo. O procedimento não tem notícia de dívida nenhuma dessa vítima com o Rogério. Eles são vizinhos, são próximos, tanto que o fato aconteceu próximo", disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, todos os mandados de prisão cumpridas nesta quarta, são prisões temporárias. Para Rogério está sendo cumprido um novo mandado de prisão. Durante a operação, ainda foram apreendidas armas sem documentação.
“Tem um novo mandado de prisão que está sendo cumprido, de mais uma prisão temporária para Rogério e estamos está aguardando o resultado da diligência do presídio. Os familiares de Rogério, que estavam na residência, também foram encaminhados para a delegacia, presos. Todos os mandados de prisão, são prisão temporária para que a gente possa apurar todas essas denúncias, tudo o que a vítima narrou e concluir o inquérito. Todo armamento foi localizado na residência de Rogério xerife e até o momento não temos nenhuma documentação dessas armas. Estamos verificando toda a situação para comprovar a legalidade e origem dessas armas”, explicou a Carla.
Ainda de acordo com Carla Tavares, todos os mandados de prisão cumpridas nesta quarta são prisões temporárias. Para Rogério está sendo cumprido um novo mandado de prisão. Durante a operação, ainda foram apreendidas armas sem documentação.
“Tem um novo mandado de prisão temporária para Rogério e estamos está aguardando o resultado da diligência do presídio. Segundo a testemunha, vítima já nesse processo, ele fez uma chamada de vídeo de dentro do presídio a ameaçando, então para ele também saiu um novo mandado de prisão. Os familiares de Rogério, que estavam na residência, também foram encaminhados para a delegacia, presos. Todos os mandados são de prisão temporária para que a gente possa apurar todas essas denúncias, tudo o que a vítima narrou e concluir o inquérito. Todo armamento foi localizado na residência de Rogério xerife e até o momento não temos nenhuma documentação dessas armas. Estamos verificando toda a situação para comprovar a legalidade e origem dessas armas”, explicou a delegada.
VÍDEO DA COLETIVA:
Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos, durante o dia, mandados de busca e apreensão e mandados de prisão em Campos, assim como em Guarus, nos endereços dos investigados e também no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Dentre os endereços dos alvos estão o Parque Calabouço, IPS, Parque Leopoldina, Parque Tarcísio Miranda, Parque São Caetano e Centro. Carla Tavares conta que dois alvos da operação não foram localizados. Dois mandados de prisão da operação não foram cumpridos.
“Faltam dois mandados de prisão, um de um advogado que ainda não foi localizado, então por isso é considerado já foragido, e outro de um suposto amigo da família que participou no momento em que a vítima foi ameaçada com uma arma de fogo. Eles ainda não foram localizados”, finalizou a delegada da 134ªDP. (R.K, I.S)
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