Nas três primeiras semanas de 2024, Campos registrou 75 casos confirmados de dengue. Apesar de ser um número bem mais abaixo que o registrado em janeiro de 2023, quando foram 251 casos no mês inteiro, existe uma preocupação maior com a infestação do mosquito causador também da chikungunya e zika.

O primeiro Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024 foi realizado entre os dias 8 e 12 deste mês. O resultado, que foi divulgado nesta semana, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 4,9, ou seja, de alto risco. Ao todo foram identificados e coletados, para análise laboratorial, 459 focos do Aedes. Entre os criadouros predominantes do vetor, o destaque foi para os depósitos móveis com 52,1%, seguido de resíduos sólidos com 17,7% e de pneus com 9,9%. Em depósitos fixos o índice foi de 9,3% e depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico com 8,7%. Antes desse resultado, o último LIRAa de 2023, que foi feito em outubro, teve um resultado de 2.4%, que foi considerado o menor do ano.

O calor e as chuvas de verão se tornam a receita perfeita para a proliferação do vetor e, consequentemente, um alto índice de infestação. Com isso, o Centro de Controle de Zoonoses informou que ações e medidas de prevenção serão aplicadas já a partir da semana que vem.

Risco de epidemia em 2024 e vacinação
O município vive um risco de epidemia em 2024, já que o ano de 2023 terminou com a circulação do sorotipo 2 e a entrada do sorotipo 3. Ao todo, no ano passado foram 3.493 casos de dengue. Deste total, dois óbitos em decorrência da doença. Quanto à chikungunya, foram 49 casos confirmados. Não houve confirmação de zika. Com esse status, a cidade vive a expectativa de vacinar a população com a Qdenga, vacina contra a dengue que será disponibilizada pelo SUS a partir de fevereiro.