— São projetos importantes para a população de Campos e, como temos feito desde o início de nosso mandato, buscamos apoio governamental e recursos por meio de emendas para que saiam do papel e virem realidade. O Terminal Pesqueiro e a Rota Litorânea são projetos grandiosos, que venho defendendo em diversas situações, porque alcançam diferentes atividades econômicas que vão gerar emprego e renda e, consequentemente, mais qualidade de vida para nossa população. Tenho defendido que o desenvolvimento do interior do estado passa pelo fortalecimento da agricultura, da reindustrialização, da mobilidade, do turismo e esses dois projetos prospectam um desenvolvimento que vai além do local, que também propiciará o desenvolvimento de outros municípios da nossa região. A agenda em Brasília foi muito produtiva, os projetos foram aceitos como referências para o estado e até o Brasil, e vamos buscar recursos, abrir caminhos para transformar e melhorar, cada vez mais, a nossa cidade — declarou o prefeito Wladimir Garotinho.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, que acompanhou o prefeito nas agendas cumpridas nos dois ministérios, detalhou os projetos segundo a necessidade de implantação de cada um e os benefícios que vão gerar. Tanto o Terminal Pesqueiro Público como a Rota Litorânea têm Farol de São Tomé como área de implantação. Almy lembra que a baixada campista vem recebendo obras de infraestrutura e que o terminal pesqueiro é uma das principais expectativas dos pescadores, porque, até hoje, para entrar e sair do mar, as embarcações precisam ser rebocadas por tratores e a precariedade das condições nas quais a pesca artesanal é desenvolvida em Farol e em todo o município comprometem o futuro das comunidades tradicionais que, sem o terminal, não vislumbram, na atividade que desenvolvem, chances de melhorias na qualidade de vida.
— E a pesca artesanal ainda é muito forte na região, com mais de cinco mil pescadores num raio de 100 quilômetros de Farol, com uma média/mês de mais de 200 toneladas de pescado só na praia campista e de 5.500 toneladas mensais registradas nesse raio. Além da pesca artesanal marítima, com uma rede de canais de 1.500 quilômetros, várias lagoas e o Rio Paraíba do Sul, é grande a possibilidade de termos desenvolvida, em Campos, a aquicultura de alto padrão e também temos a vantagem da proximidade dos grandes centros consumidores brasileiros e do Porto do Açu, já considerando as possibilidades de exportação e importação do pescado. Sem um Terminal Pesqueiro, é forte a evasão de divisas, pois o pescado, em quase sua totalidade, sai para outros estados e os intermediários, os atravessadores, obtém maiores ganhos do que os próprios pescadores — explicou Almy.
O projeto do Terminal Pesqueiro Público do Farol de São Tomé prevê a construção de estaleiros, guaritas, oficina, galpões, fábrica de gelo, escola de pesca, mercado de peixes, restaurante, subestação elétrica, posto de combustíveis, unidade de processamento e beneficiamento, além de vias asfaltadas, pátios pavimentados e ancoradouro, entre outras edificações.
Novo caminho é proposto
O projeto da Rota Litorânea define a reconstrução da atual estrada da orla da praia de Farol de São Tomé. A estrada entre RJ-240, no município de São João da Barra, próxima ao Complexo Portuário do Açu, e a RJ-190, em Barra do Furado, Quissamã, terá 35,48 quilômetros e prevê o desenvolvimento, especialmente, do Turismo e da Pesca da região litorânea de Campos e das cidades vizinhas. A estrada atual possui pontos com problemas como falta de pavimentação, degradação do asfalto, afundamento de margens e erosão marinha.