OAB Campos realiza ação em comemoração ao Dia Nacional da Adoção
Catarine Barreto 25/05/2023 15:04 - Atualizado em 26/05/2023 12:53
  • Dia Nacional de adoção

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    Dia Nacional de adoção

Foi realizado nesta quinta-feira (25), na Praça do Santíssimo Salvador, em Campos, o movimento de conscientização sobre o Dia Nacional da Adoção, comemorado hoje. A ação teve a participação das comissões da OAB Campos, como a de Defesa e Proteção da Criança, Adolescente e Juventude e também a de Direito das Famílias. O evento ainda contou com a parceria do Grupo de Apoio e Adoção de Campos, além do Vereador Bruno Viana.
Para o presidente da Comissão de Defesa e Proteção da Criança, Marcelo de Carvalho, a ação tem como objetivo discutir a importância da data e reunir instituições que ajudam crianças e adolescentes que precisam de um novo lar. 
— Hoje o movimento é de conscientização para adoção. Em Campos, cerca de 130 crianças e adolescentes vivem em acolhimentos. A ideia da ação é fazer com que as pessoas tenham essa noção de importância da data. Inclusive também falamos sobre a adoção por entrega voluntária que é importantíssima. Agradecemos ao apoio logístico dos conselheiros tutelares, que atuam sempre em parceria com outras instituições, como a Fundação Municipal de Infância e Juventude, o Núcleo de Atenção a Criança e Adolescente em situação de violência intrafamiliar (NACA) e o Projeto FortaleSer. Todas essas são fundamentais e ampararam as crianças e adolescentes.-  disse.
Para a presidente do Grupo de Apoio a Adoção do Norte e Noroeste Fluminense, Marisa Dangelo, instituição que existe desde 1998, com o passar dos anos, o atendimento às famílias que adotam mudou. Agora, elas são acompanhadas a partir das dificuldades encontradas no decorrer da adoção. 

– Este grupo existe desde 1998, e antes só se preparava os pretendentes para a adoção, atendendo famílias que já tinham adotado, mas que estavam totalmente perdidas e fragilizadas por tudo ser muito novo. Mas agora, nós temos até o pós–adoção. Esse processo, apesar de ser bonito, também reserva duras realidades, como como despesas, responsabilidade e cuidado redobrado — explicou.

Marisa falou ainda que muitas mães decidem doar seus filhos  porque são vítimas de estupro ou às vezes por terem voltado para os maridos grávidas de outros, entre outras razões. Com isso, muitos profissionais devem estar preparados para orientá-las e encaminhá-las para instituições que possam ajudá-las, mas nunca às julgarem, pois este é um direito delas.
— Estamos trabalhando, preparando as famílias e fortalecendo os relacionamentos familiares. Infelizmente, muitas mães são vítimas de estupro e decidem entregar seus filhos para adoção. Os nossos profissionais são capacitados para encaminhar essa mãe ao Ministério Público e para a Justiça também — explicou.

Ciro Freitas, presidente da Comissão de Famílias da OAB de Campos também falou sobre o medo das famílias em adotar crianças e adolescentes pelo preconceito que podem sofrer. 

— A nossa intenção é justamente mostrar para as pessoas que existem preconceitos que precisam ser quebrados. Que a adoção é um gesto de amor. O que me deixa muito preocupado, é que nós estamos em uma cidade que as pessoas adotam e se escondem por medo. E também escondem da criança que ela foi adotada. Cada um tem o seu motivo e a sua particularidade, mas as crianças não vão deixar de amar seus pais porque foram adotadas. Muito pelo contrário, eu acredito que o amor só aumenta, então é preciso que esse estigma se quebre para que outras pessoas sejam encorajadas a fazer o mesmo — falou.

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