No primeiro dia de greve, Sepe faz visita a escolas estaduais em Campos
Catarine Barreto 17/05/2023 12:17 - Atualizado em 17/05/2023 17:24
Sindicato dos professores
Sindicato dos professores / Divulgação/ Educação
No primeiro dia de greve da rede estadual de Educação, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), em Campos, visitaram algumas unidades escolares, como a Escola Estadual Nilo Peçanha, que fica no Centro. Em assembleia realizada no dia 11 de maio, a categoria decidiu cruzar os braços, por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (17).
Dentre as reivindicações, os profissionais pedem a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional. Além das reivindicações econômicas, a categoria também defende a revogação do Novo Ensino Médio e a convocação de concursados para o magistério dos concursos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carência de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violência no interior do espaço escolar.

Em vídeo, a conselheira do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, Odisséia Carvalho, disse que a categoria não aceitará que apenas 42% dos professores sejam beneficiados pelo governo estadual.

— Professores e funcionários entram em greve devido ao descaso do governador Claudio Castro, que acaba com o nosso plano de careira e não paga o piso para todos os educadores. Em 2008, foi aprovado o piso nacional com mais de 20 mil profissionais da educação nas ruas de Brasília e este piso é para a valorização desses profissionais. Não aceitaremos que apenas 33% de aposentados e 42% dos professores sejam atendidos com a proposta do governo — disse.
Segundo o Sepe, uma nova assembleia será feita nesta quinta-feira (18), às 14h, no Rio de Janeiro, seguida de uma passeata até o Palácio Guanabara.
"Em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, no dia 10 de maio, o governo apresentou ao Sepe seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, a proposta do governo não incorpora o piso a todas as carreiras; na verdade, o governo quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste. O correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria – exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer", chegou a informar o Sepe.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro informou que 96% dos professores da rede estão trabalhando normalmente nesta quarta-feira. "É importante ressaltar que esta maioria tem percebido o empenho do governo em chegar a uma solução que possa contemplar toda a categoria".

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