Campos recebe royalties com alta nesta segunda-feira
O primeiro repasse de royalties do ano pelo regime de concessão foi efetivado nessa segunda-feira (20) com alta para a maioria dos municípios produtores de petróleo e gás do Norte Fluminense. Campos recebeu R$ 42.221.609,75, valor 8,7% maior que os R$ 38.844.403,76 pagos em dezembro. O pagamento, entretanto, é 17,9% menor que o depósito feito em janeiro do ano passado (R$ 51.457.052,65).
Para o município de São João da Barra foram pagos neste mês R$ 17.626.968,41, enquanto em dezembro o repasse foi de R$ 17.521.594,33 (+0,6%) e em janeiro de 2024, R$ 20.300.829,30 (-13,2%).
Detentor da maior parcela de royalties entre os municípios da região, Macaé registra uma alta de 0,8% no depósito deste mês (R$ 75.085.493,28) sobre o pagamento de dezembro (R$ 74.517.106,94) e uma queda de 9,9%, em comparação com o primeiro mês do ano passado (R$ 83.325.691,51).
O repasse para Carapebus nessa segunda-feira foi de R$ 5.995.556,20, enquanto no mês passado R$ 5.906.835,56 foram depositados (+1,5%) e R$ 6.331.344,81 em janeiro de 2024 (-5,3%).
Quissamã foi o único produtor do Norte Fluminense a registrar queda no pagamento de janeiro (R$ 12.330.274,80), de 3,5% em relação ao depósito de dezembro passado (R$ 12.773.768,95). O valor é, ainda, 10,4% menor que o de janeiro do ano passado (R$ 13.755.369,70).
De acordo com o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, os repasses creditados nessa segunda ficaram de acordo com o esperado. “Mesmo havendo uma queda no preço do petróleo Brent no mês de referência, que foi novembro, oscilando entre US$ 73,23 e US$ 72,17, frente ao mês de outubro, quando alcançou uma máxima de US$ 80,77, tivemos uma alta significativa no câmbio, que teve base de R$ 5,45 em outubro e chegou a R$ 6 em novembro. Portanto, gerou uma alta para a maior parte dos municípios. Aos que tiveram queda, atribuo à queda de produção, principalmente nos campos de Sapinhoá e Jubarte. Mesmo assim, a produção total do mês obteve alta de 0,8% frente ao mês anterior”, afirmou Wellington.
O especialista destaca, ainda, que os gestores devem ficar alertas quanto ao posicionamento dos Estados Unidos, que é o maior produtor mundial de petróleo. “O novo presidente norte-americano tem como promessa de campanha e reafirmou em sua posse destravar a indústria energética do país e aumentar a produção em vistas à exportação. Isso pode mexer diretamente com o preço do petróleo e podemos ter uma queda da commodity, o que acarretará menos recursos dos royalties em 2025. Um pouco de cautela nos próximos três meses seria muito bom para manter o equilíbrio das contas públicas”.