Matheus Berriel
14/02/2024 08:32 - Atualizado em 14/02/2024 08:32
Multidão de foliões no Carnaval sanjoanense
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Foto: Divulgação/Secom
Não é novidade que São João da Barra tem o maior Carnaval das regiões Norte e Noroeste fluminenses. Isso ficou provado mais uma vez nos quatro dias de folia deste ano, quando grandes públicos movimentaram os blocos e prestigiaram os shows e os desfiles das escolas de samba na terra de Narcisa Amália. Merecem ênfase as apresentações de Congos e Chinês, mantendo uma centenária tradição. Embora a agenda carnavalesca do município ainda tenha eventos no próximo fim de semana, o término do período oficial da festa já deixou nos foliões um gostinho de saudade.
Primeira escola a desfilar no domingo (11), a Congos esbanjou beleza e animação ao levar à passarela do samba da sede o enredo “Malkia”. Tratou-se de uma abordagem referente ao continente africano e às suas rainhas, protagonizada por cerca de 450 componentes.
Na comissão de frente de Congos, 13 bailarinos representaram guerreiros da África. A savana se fez presente no carro abre-alas, com esculturas simbolizando a fauna. No segundo carro, alusivo ao Egito, as referências eram a Cleópatra, destacada entre serpentes e uma pirâmide. Já o carro-chefe, intitulado “Rainha de Sabá”, levava uma coroa simbolizando a realeza.
O Chinês, por sua vez, contou com cerca de 400 componentes na avenida. A animação no desfile fez jus ao enredo, “A fabulosa fábrica da brincadeira”, que promoveu encantos e reflexões a partir de brincadeiras infantis.
Difícil não se impressionar com o carro-chefe do Chinês, que tinha vários brinquedos em destaque, como trenzinho, ursinho de pelúcia, casa de bonecas, carrossel, cubo mágico, pião, entre outros. O leão, símbolo da escola, apareceu logo no abre-alas, intitulado “A fabulosa fábrica”, enquanto a alegoria restante abriu ao público um baú de memórias.
Casais de mestres-salas e portas-bandeiras, ritmistas, passistas, destaques de luxo e tripés completaram as apresentações das escolas, reeditadas nessa terça-feira (14), mas em ordem invertida.
No dia de descanso de Congos e Chinês, quem abrilhantou a pista foi a novata Vila Imperial, fundada há cinco anos e que, desta vez, desfilou com o enredo “Fazendo artes no Carnaval”. Também na segunda-feira (12), desfilou o célebre bloco Os Indianos, embalado pela marcha-rancho “Chefe indiano não chora”. O tema escolhido foi “Oi! Abre-alas, a liberdade chegou”, alusivo aos 136 anos da abolição da escravatura no Brasil.
Fora do universo das agremiações carnavalescas, houve também os blocos de rua. E foram muitos, com destaque para o Borracha Fraca, que movimentou o distrito de Atafona no domingo. Um dia antes, a tradicional Boneca do Waldir (9) lotou a avenida Liberdade, em Grussaí.
Na região — Assim como em São João da Barra, blocos e shows musicais ditaram o ritmo do Carnaval em todos os municípios do Norte Fluminense. Em Campos, apesar da ausência de desfiles de escolas de samba e da incerteza quanto à data para a realização do Carnaval fora de época, houve shows no Farol de São Thomé, em Lagoa de Cima, em Santa Maria e em Tócos. Se na sede do município os principais blocos ocorreram nos dias que antecederam o Carnaval, em alguns distritos e localidades o período oficial da festa contou com pequenos blocos, organizados por foliões locais.
Congos desfilou com o enredo 'Malkia'
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Foto: Divulgação/Secom
Chinês fez viagem ao universo infantil
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Vila Imperial desfilou com enredo sobre as artes
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