Jornalista sente inveja de um quitandeiro
Saulo Pessanha - Atualizado em 19/12/2023 15:23
Jornalista e poeta, Osório Peixoto, depois de trabalhar por 16 anos na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, sem ser assíduo ao setor, foi afastado, no início de 2005, na gestão do prefeito Carlos Alberto Campista.

Osório saiu atirando:
— Jamais pensei que se levassem tanto tempo para despedir uma pessoa que raramente cumpria horário em seu local de trabalho.

Com a dispensa, Osório Peixoto se viu, de uma hora para outra, sem o salário que recebia. Mas disse que conseguiu juntar “uns poucos dinheirinhos” para fazer um comercial.

Palavras do poeta:
— Quem tiver um burro baio ou até mesmo branco, novo, sadio, uma carroça pintada de azul e branco, com rodas de pneus e aparelhagem de som, que me procure para entrarmos em negociação. O dinheiro que tenho não dá para nada mais além disso.

Osório disse mais:
— Sou feliz, não invejo ninguém. Agradeço a Deus por morar em nação de mulheres tão bonitas, de árvores tão verdes e de rios tão amigos. Mas sou acordado por um quitandeiro com alto-falante anunciando legumes e verduras. É a única inveja que tenho no mundo e queria tornar-me um quitandeiro igual a esse.

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