Nesta primeira semana do ano em que a Academia Campista de Letras (ACL) completa 85 anos de sua fundação, é momento de relembrar, projetar e sonhar as atividades literárias do ano que chega, levando em consideração o papel social e cultural da instituição.

Primeiro, vale relembrar. Considero estruturantes as ações dos últimos presidentes que estiveram à frente da Casa. Para citar apenas os dois mais recentes, digo que a doutora Vanda Terezinha Vasconcelos foi responsável por regularizar a docu-mentação e a contabilidade da ACL, além de promover, durante a pandemia, ações da Academia no meio digital, algo que precisa ser mantido; e o professor Christiano Fagundes, sucessor da presidenta Vanda, por sua vez, capitaneou a retomada das atividades presenciais, reforçando laços entre a Academia e institui-ções de ensino, além de oxigenar o calendário de reuniões de acordo com as necessidades da entidade.

Ambos, assim como seus antecessores, abrem caminho para o momento vivido hoje pela ACL, uma instituição respeitada pela atuação de seus membros ao longo dessas oito décadas de história.

Segundo, com os pés fincados no chão, faz bem projetar o que virá. As atividades acadêmicas no pós-pandemia me permitem dizer que teremos relações institucio-nais aprofundadas — com calendário de eventos em parceria com universidades, entidades culturais e escolas —, assim como novas edições da “Revista da Aca-demia Campista de Letras” e a participação ativa em eventos culturais do municí-pio, dentre os quais destaco a Bienal do Livro de Campos e o Festival Doces Pa-lavras.

Terceiro, é preciso sonhar com o que podemos fazer. Além da continuidade dos eventos e publicações da ACL, acredito ser possível a criação de um site ou blog com informações históricas, biografia dos membros, meios de contato e outros da-dos que possam auxiliar pesquisadores e interessados em conhecer a atuação da Academia.

Outra expectativa diz respeito à criação de um concurso literário coordenado pelos acadêmicos. Um certame a nível nacional pode auxiliar na divulgação das ações institucionais e ainda permite levar o nome da ACL para outras regiões do país.

Ao refletir sobre essas possibilidades, digo que o compromisso que assumirei ofi-cialmente em março gera em mim uma inquietação por referir-se a algo sabido desde que assumi a cadeira n. 07: a Academia nunca foi nem pode ser um reduto de pessoalidades e vaidades, pois temos o dever de contribuir com a preservação e a divulgação da cultura campista, sobretudo no que se refere às letras num geral e à literatura, compreendendo que a entidade está sempre acima das nossas individualidades — algo que aprendi com o caro amigo Carlos Augusto Alencar.

É inegável, claro, o valor da ACL para a história cultural de Campos, mas não per-co de vista a necessidade de a Casa do Intelectual Campista estar sempre atenta à sociedade, em constante diálogo e contribuição, tanto para salvaguardar nossos patrimônios culturais como para dizer aos campistas que o prédio sediado na praça Nilo Peçanha está aberto para todos e todas.

Por fim, digo que minha contribuição ao longo desse mandato jamais ocorrerá de forma monocrática, motivo pelo qual estou cercado de acadêmicos e acadêmicas que caminharão ao meu lado em prol dos objetivos da nossa instituição. Para não citar os 15 nomes que compõem a chapa eleita por aclamação no dia 18 de de-zembro, direciono meu agradecimento aos dois vice-presidentes que me acompa-nham: Adriano Moura e Carlos Augusto Alencar, ato em que estendo, ao mencio-ná-los, meu agradecimento aos caros confrades e confreiras que me deram apoio quando decidi pela candidatura.

Desejando um 2024 repleto de conquistas e bons momentos, deixo aqui um convi-te para que você possa acompanhar nossa programação acadêmica no Instagram (@academiacampistadeletras) e no blog academiacampista.blogspot.com.