Uma Folha sempre agregadora
- Atualizado em 08/01/2024 10:47
Dois eventos e uma premiação mantiveram a tradição da Folha da Manhã em promover a cultura e momentos de confraternização entre diversos setores da sociedade civil de Campos e região. No dia 12 de agosto do ano passado, o Rancho Gabriela sediou a 30ª Feijoada da Folha. Já no dia 14 de dezembro, o Teatro Municipal Trianon foi palco do 23º Show de Fim de Ano da Folha, que também englobou a 22ª edição do Troféu Folha Seca.
Ocorrida num ano entre as últimas eleições estaduais e nacional e as próximas municipais, a Feijoada da Folha contou com presença de diversas autoridades este ano. Estiveram presentes o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho; o vice-prefeito, Frederico Paes; o presidente da Câmara Municipal, Marquinho Bacellar; o deputado federal Lindbergh Farias, a deputada estadual Carla Machado e a prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, vereadores, entre outros políticos. Também participaram do evento representantes de várias empresas da região.
— É muito importante para a Folha saber o prestígio da Feijoada, porque ele representa o prestígio da própria Folha. Uma feijoada qualquer grupo pode fazer, mas temos como princípio a democracia, reunindo pessoas de diferentes setores e vertentes. Inclusive, a escolha pela feijoada deve-se ao fato de ser um prato simbolicamente democrático — afirmou na ocasião a diretora-presidente do Grupo Folha de Comunicação, Diva Abreu Barbosa.
Tradicionalmente ligada a personagens da cultura brasileira, a Feijoada da Folha teve como tema em 2023 os 45 anos do próprio jornal, celebrados em janeiro. Durante o evento, foram lembradas personalidades importantes para a história da Folha, entre elas o jornalista Ícaro Paes Pasco Abreu Barbosa, que atuou como repórter e marcou o seu nome como o primeiro diretor de mídias sociais, função em que permaneceu até a sua morte, aos 23 anos, em maio. Filho do diretor de Redação da Folha, Aluysio Abreu Barbosa, e da repórter Dora Paula Paes, Ícaro foi homenageado com um vídeo contendo depoimentos de familiares, amigos e colegas de profissão.
Algo também mantido na Feijoada foi o caráter social, uma vez que as camisas-convite foram trocadas por cestas básicas. Cerca de 60 toneladas de alimentos foram doados a 16 instituições filantrópicas de Campos e São João da Barra.
Passados quatro meses, convidados da Folha voltaram a se reunir em dezembro, dessa vez para celebrar mais um ano de realizações. Parceiros e assinantes do jornal prestigiaram a banda The Fevers no Show de Fim de Ano. Na mesma noite, foi entregue ao carnavalesco Amarildo de Mello o Troféu Folha Seca, tradicionalmente destinado a homenagear campistas de destaque nas suas áreas de atuação. Também houve a exibição de um vídeo em homenagem ao empresário fidelense Renato Abreu, que morreu em novembro, aos 76 anos, e era um antigo patrocinador de iniciativas da Folha. (M.B.)
Reconhecimento à arte de Amarildo de Mello
Mais do que uma simples palavra, “reconhecimento” é um princípio valorizado pelo Grupo Folha. Isso foi comprovado pelo carnavalesco Amarildo de Mello, que, em entrevista antes de receber o Troféu Folha Seca, não escondeu a alegria por ter sido lembrado para a honraria.
— É um misto de emoções. Escrevendo o meu discurso, cheguei à conclusão de que essa é a chancela de que tudo o que eu fiz valeu a pena: minha luta, minha correria, minha militância na arte e na cultura. O sonho de um menino em ser artista foi mais do que isso. Esse menino fez algo pela cultura brasileira, pela cultura de um povo, e isso me dá muito orgulho — disse Amarildo de Mello.
— Essa é a assinatura: o reconhecimento da cidade de onde eu saí. E é um troféu com o nome de Folha Seca, que me permite fazer uma interpretação: as folhas secas caem para adubar o chão; e pessoas que deixam um legado exemplificam para as futuras gerações — completou o carnavalesco, que no discurso oficial homenageou a mãe, costureira e já falecida, e o pai, ex-funcionário da Usina Paraíso, presente na plateia aos 93 anos.
Criado no distrito campista de Tócos, Amarildo de Mello tem o seu nome marcado nos carnavais do Rio de Janeiro e de São Paulo. No Rio, entre outros feitos, foi campeão do Grupo Especial das escolas de samba à frente da Beija-Flor de Nilópolis, em 1998, integrando a comissão de Carnaval e sendo o autor do enredo “Pará: O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu”. Também foi carnavalesco da Portela, de 2005 a 2007. Já em Sampa, venceu o Grupo Especial duas vezes, ambas com a X-9 Paulistana, em 2012 e 2015. Entre outras escolas, assinou desfiles da Imperador do Ipiranga, Unidos do Peruche, Águia de Ouro e Leandro de Itaquera.

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