Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês
Ingrid Silva - Atualizado em 13/01/2024 08:33
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês / Rodrigo Silveira
Com o início do ano, a venda de material escolar movimenta as lojas de papelaria e livrarias. Porém, no centro de Campos, o movimento ainda está longe do registrado em anos anteriores, quando os estabelecimentos estavam lotados e a expectativa dos vendedores lá em cima. A menos de um mês para o ano letivo começar, as vendas através da internet é outro fator que acaba por competir com os establecimentos físicos e gera concorrência de preços.

De acordo com a funcionária da livraria Noblesse, Maria Helena Rangel, o movimento está fraco, mas a expectativa é que aumente na medida que as aulas vão se aproximando. Ela falou também sobre o aumento dos preços, lembrando, ainda, do quanto que as vendas pela internet atrapalham na loja física.

“No momento, o movimento ainda está um pouco fraco. A expectativa é grande pra que, aproximando-se as aulas, no começo de fevereiro, que aumente. Mas aí a expectativa é que aumente bastante, à medida que for chegando as aulas. Alguns itens aumentaram de preço, cerca de 20%, mas uma boa parte está mantendo para poder ver se as vendas aumentam (...) Muitas pessoas que já são bem conectadas procuram, pesquisam na internet e acabam comprando na internet porque o preço às vezes também é melhor pela internet. As pessoas, às vezes, já tem um site confiável que já costumam comprar e compram na internet, então atrapalha bastante as vendas físicas por aqui”, disse a vendedora Maria Helena”, disse a vendedora.
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês / Rodrigo Silveira


A professora Beatriz Azeredo, de 58 anos, levou a sobrinha para escolher um caderno para a volta às aulas pela área central do município de Campos. Ela falou sobre a dificuldade que é comprar os materiais em janeiro, mas que prefere se preparar antes e comprar aos poucos, mostrando sua preferência em comprar os materiais fisicamente.

"Janeiro é um mês difícil, com pagamento de IPTU, IPVA... Então, estamos dando uma olhada pra gente já se preparar pra volta às aulas, vamos comprando aos poucos pra não sentir aquele impacto, mas os preços estão meio salgadinhos. Eu prefiro comprar pessoalmente porque na Internet tem que passar cartão e na loja física dá pra gente ver, olhar, sentir, na Internet a gente nem tem noção de como é exatamente o produto, às vezes tem problema com entrega”, explica.
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês
Venda de materiais escolares com pouco movimento ainda neste mês / Rodrigo Silveira


Já a educadora Edna Goudard, mãe de um menino de 18 anos, e de uma menina de 9, acredita que, mesmo com a diferença dos preços na internet, a qualidade pode não ser a mesma. Porém, ela percebe que existe essa diferença, dando o exemplo de quando as mães se juntam para comprar. Edna também faz a compra dos materiais de seu afilhado, de 12 anos, que mora com a família. 

“Prefiro comprar presencialmente, pois assim podemos escolher e trazer logo para casa, pois as crianças ficam ansiosas para ver o material. Sem contar que as vezes compramos algo na Internet, pensando em uma determinada qualidade e quando chega, não é aquilo (...) Eu sou muito preocupada com a venda pela internet, pois sou desconfiada, mas tem uma boa diferença comprando lá, ainda mais quando as mães juntam grupos para comprar em quantidade, pois as vezes o preço fica mais em conta com determinada quantidade”, conta Edna, que ainda não começou a comprar os materiais. (I.S.)
Rodrigo Silveira

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