Campos recebe participação especial com alta de quase 145%
Joseli Matias 13/11/2023 20:51 - Atualizado em 14/11/2023 17:13
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Plataforma / Divulgação
Municípios produtores de petróleo e gás receberam nessa terça-feira (14), com alta expressiva, a participação especial sobre a produção do terceiro trimestre de 2023. Para Campos, o repasse de R$ 34.736.158,12 é 144,8% maior que o depósito efetivado em agosto, de R$ 14.189.121,22. Entretanto, em comparação com novembro do ano passado, quando foram pagos R$ 45.228.173,95, o município registra uma queda de 23,2%.

São João da Barra contabiliza uma alta ainda maior, de 205,2%, na PE de novembro (R$ 13.550.228,57) sobre o pagamento de agosto (R$ 4.439.093,01). O valor é, também, 14,8% superior ao do terceiro trimestre de 2022 (R$ 11.807.655,3).
Os municípios de Carapebus e Macaé registraram um aumento de 58,7% no último repasse de participação especial do ano. Macaé recebeu R$ 1.602.420,71, enquanto o depósito de agosto foi de R$ 1.009.968,20. Em relação ao pagamento de novembro de 2022 (R$ 2.813.067,88), o valor é 43% menor. Para Carapebus, foram pagos R$ 126.677,09 nessa terça, R$ 79.841,59 em agosto e R$ 222.383,07 (-43%) no penúltimo mês do ano passado.
A menor alta no repasse de PE deste mês, de 23,8%, foi registrada por Quissamã, que recebeu R$ 861.731,07, diante dos R$ 696.116,53 depositados no trimestre anterior. O pagamento, entretanto, é 65,4% inferior ao de novembro de 2022 (R$ 2.491.274,50).
— Participação especial, como já falado em outros momentos, é um repasse extra, em virtude da altíssima produtividade petrolífera de alguns campos gigantes e super gigantes, como os campos de Lula, no pré-sal, e Roncador, no pós-sal. É uma cota extra, em virtude da alta lucratividade das empresas petrolíferas. Como demonstra o gráfico, o preço do petróleo no mercado internacional (Brent) se manteve bem acima dos US$ 74, do mês de maio a julho, e no período de agosto a outubro, chegando a alcançar US$ 96. Esse avanço gerou o aumento recebido pelos municípios e Estado, neste repasse. Que vejamos esses recursos convertidos em bons investimentos nos municípios e principalmente no Estado, que tanto necessita. Estamos há mais de quatro décadas esperando uma ponte que liga Campos, São João da Barra e São Francisco, além de uma linha férrea que possibilite a integração dos estados do Norte ao Sul e ao Centro-Oeste, possibilitando desenvolvimento amplo em vários setores, como o Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra. Possibilitando escoamento da produção agrícola e movimentação de diversas cargas. Precisamos de mais ação por parte do governo federal em parceria com Estado. Mãos à obra por parte dos administradores públicos, pois dinheiro não falta — ressaltou o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu.

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