Neném nega interesse por cargos
Aldir Sales 25/09/2019 08:39 - Atualizado em 08/10/2019 16:13
Folha da Manhã
Após causar polêmica na última semana, ao criticar secretários municipais pela falta de diálogo com vereadores, Luiz Alberto Neném (PTB) voltou ao plenário da Câmara Municipal, nessa terça-feira (24), para falar sobre o assunto novamente: “As pessoas querem conturbar, achando que queremos mais cargos. Mas eu não aguento mais querer fazer vereadores de palhaço, de não darem resposta à população. Acham que estamos criando um grupo para ter mais espaço na Prefeitura. Vocês estão muito enganados”, afirmou.
Em rota de colisão com a presidente do diretório municipal do PTB, Heloísa Landim, o vereador Neném não deve continuar no atual partido. O blog do jornalista Arnaldo Neto mostrou que o parlamentar postou uma foto nas suas redes sociais ao lado do presidente local do PSC, o empresário Marcelo Mérida. “Batemos um papo superbacana e, no final, recebi o convite de fazer parte do time de candidatos do PSC”, disse Neném, sem confirmar se aceitou ou não o convite.
Ainda durante a sessão dessa terça, outro ponto que causou mais polêmica foi o debate sobre o atraso dos pagamentos dos trabalhadores da Prefeitura contratados em Regime de Pagamento Autônomo (RPA). Os parlamentares aprovaram por unanimidade um requerimento do vereador Eduardo Crespo (PL) para o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) sobre o assunto.
— Já tivemos o debate aqui nesta Casa, onde foi colocado pelo prefeito a dificuldade financeira do município para dar reajuste aos servidores. Acredito que não há dinheiro em caixa, mas será que não pode dividir o pouco que tem entre os DAS e os RPAs? — questionou Crespo.
Neném voltou à tribuna para cobrar o pagamento dos trabalhadores e, na sequência, o vereador José Carlos (DC) chamou a atenção para as dificuldades financeiras. “O governo que terminou em 2016 foi embora dizendo que Rafael não teria dinheiro para pagar os servidores em três meses. Tivemos atrasos de três meses dos RPAs, mas que foram regularizados. Agora, o município recebeu R$ 100 milhões a menos desde 2018. A gente fica triste com essa situação, mas é uma realidade”, disse José Carlos.

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