Oposição colhe assinaturas e pedido de CPI anda na Câmara
14/06/2019 19:52 - Atualizado em 18/06/2019 15:48
Secom/Câmara de Macaé
O líder da oposição na Câmara Municipal de Macaé, o vereador Maxwell Vaz (SD) disse nesta sexta-feira que conseguiu o número mínimo de assinaturas para dar prosseguimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Saúde do município, que já teve como secretário o próprio prefeito, Dr. Aluízio (sem partido). Segundo o parlamentar, o próximo passo é a tramitação interna na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de ser levada ao plenário para que os vereadores decidam pela abertura ou não do procedimento. Neste estágio, é necessário a maioria simples para o início dos trabalhos.
Maxwell explicou que conseguiu a assinatura de seis colegas, o mínimo exigido pelo regimento interno para dar prosseguimento ao projeto de resolução da CPI. Após o parecer da CCJ, os vereadores decidem sobre a abertura. Caso seja aprovada no plenário, o presidente da Câmara é obrigado a iniciar a CPI e nomear os membros da comissão.
Além do próprio Maxwell, também votaram pelo projeto de resolução os vereadores Marcel Silvano (PT), Robson Oliveira (PSDB), Renata Paes (PSC), Marvel Maillet (Rede) e José Prestes (PPS). Este último retornou à Câmara na semana passada, após a Justiça revogar seu afastamento dentro do processo que investiga a prática de “rachadinha” entre ele e o então secretário de Agroeconomia, Alcinir Maia Costa, com servidores da pasta. Prestes fazia parte da base do prefeito Dr. Aluízio, porém, desde a volta ao plenário, o vereador do PPS migrou para a oposição e foi fundamental para o prosseguimento do pedido de abertura da CPI.
— Vivemos um período bem conturbado, com contestações na Saúde, inclusive na bancada governista. Se cair em um bom dia, é possível que a Câmara aprove a abertura da CPI. Independente disso, vamos continuar cobrando o governo sempre porque a população está sofrendo na pele as consequências dos diversos problemas da nossa Saúde — afirmou Vaz.
No início do ano, a Prefeitura de Macaé divulgou que o município aparece entre os que mais gasta na área da Saúde no Estado do Rio de Janeiro, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, no dia a dia, a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores tem constatado outra realidade. Em inspeções realizadas em unidades na região serrana, os vereadores disseram que constataram, além de problemas estruturais, que os postos estão com serviços limitados por falta de materiais e equipamentos básicos para emergência e consultas.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS