Quarta é noite de poesia
PERDIDAMENTE
Jheiniphayerier Grachete
Um humano que sofre esse sou eu em meio à multidão
Vendo a realidade estampada num caixão
A cada dia que passa morre mais um irmão
Por vítima de um crime sem dó nem perdão
Me mostra que eu estou num mundo virado de cabeça pra baixo
Me mostra que não existe humano porque se existe está tudo errado
Pessoas que não são pessoas, pais que não são pais
Que ensinam os seus filhos a se tornarem marginais
E à cada vez mais a boa ação se torna escassa
A inveja, a ganância, eles querem que seja isso o que você faça
Eles querem que você saia da sua zona de conforto
Que roube , que fere, que tire a vida dos outros
Eles querem mais que seu dinheiro, querem seu coração
Dentro de uma garrafa de vidro o seu e o do seu irmão
Eles querem que a maldade prevaleça e que a vingança sempre cresça
Fazendo com que a resistência não floresça e que você se mate de tristeza
Para eles a tristeza é a de não ter uma mansão
Mais alguns só queriam um pedaço de chão
Mundo mal dividido cheio de aflição que me mostra um vazio e das pessoas ingratidão
Só queria poder voar e sair dessa realidade mas se eu fosse um pássaro eles também seriam covardes
À cada árvore descartada um animal que morre
À cada vida tirada um humano que sofre.
JG
BNB
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