Por unanimidade, TRF-2 mantém prisão de Pezão
20/03/2019 18:02 - Atualizado em 22/03/2019 17:36
Reprodução Globo
A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) decidiu manter preso o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão (MDB). Os desembargadores também determinaram que siga preso Marcelo Santos Amorim, o Marcelinho, ex-subsecretário de Comunicação Social e sobrinho de Pezão. Ele é apontado como operador do esquema do ex-governador.
A Corte analisou quatro pedidos de habeas corpus nesta tarde. Os empresários e irmãos Craveiro Amorim, Luis Fernando e Cesar Augusto, serão soltos.
Acusados de lavar dinheiro do esquema através de serviços fictícios, eles seguem para prisão domiciliar.
"O paciente foi preso no exercício do mandato. É um político experiente com consciência e capacidade para compreender aquilo que ocorria abaixo dos seus olhos. Por isso, é muito plausível a convicção que traz o MP que Luiz Fernando tinha domínio e controle do que ocorria na gestão, conhecimento de seus inúmeros colaboradores, muitos deles inclusive confessos", disse o procurador do Ministério Público Federal Carlos Aguiar.
O primeiro a votar foi o desembargador Abel Gomes, relator da Lava Jato no tribunal. A leitura durou mais de meia hora. Ele foi seguido pelo presidente Antonio Ivan Athié e pela desembargadora federal Simone Schreiber.
Prisão - Pezão foi preso no fim do ano passado, em novembro, ainda durante a gestão - pela primeira vez na história do Estado, e a segunda na do País.
Ele é acusado de embolsar R$ 40 milhões em propina, tendo "aprimorado" o esquema criminoso liderado pelo antecessor Sérgio Cabral (MDB). Em vez dos 5% cobrados de vantagens indevidas sobre as obras, Pezão pedia até 8%.
O pedido de liberdade de Pezão já havia sido negado pelo relator da Lava Jato na segunda instância, desembargador Abel Gomes. Em fevereiro, ele argumentou que não havia irregularidade na prisão preventiva.
Os quatro presos que pediram os habeas corpus analisados nesta tarde foram alvos da Operação Boca de Lobo, em novembro do ano passado.
Fonte: G1

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