Obra no Noroeste na mira da Lava Jato por propina
28/11/2017 09:54 - Atualizado em 28/11/2017 15:46
José Iran , secretário de Obras
José Iran , secretário de Obras / Divulgação
O diretor da construtora União Norte, Marcos Andrade Barbosa, disse, em acordo de leniência com investigadores da Lava Jato, que continuou a pagar propina ao secretário estadual de Obras, José Iran, durante a gestão do governador Luiz Fernando Pezão. A obra, de acordo com o empresário, seria na RJ 186 (Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana). De acordo com Marcos Andrade, Iran, recebeu mais de R$ 1 milhão em propina.
O acordo de leniência faz parte da operação C’est Fini, um desdobramento da Lava Jato no Rio que investiga fraudes no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Na última quinta-feira (23), a Polícia Federal prendeu o ex-presidente do DER, Henrique Alberto Santos Ribeiro, o ex-secretário de Casa Civil da gestão Sérgio Cabral, Régis Fichtner, e outras três pessoas por envolvimento em esquemas de propina.
Segundo depoimento de Marcos Andrade, o atual secretário de Obras passou a cobrar no máximo 1% sobre o valor dos contratos, e não mais 6% como era na gestão anterior. A propina, segundo o empreiteiro, era paga ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Governo. No depoimento, ele cita o ex-presidente do DER e o presidente afastado do TCE, Aloysio Neves, que está em prisão domiciliar. Ele diz que na RJ 186, por ser uma obra muito cara, negociou 0,5% do valor total do contrato. E afirmou ainda que Henrique Ribeiro mandou pagar diretamente a Aloysio Neves o valor de R$ 1,1 milhão. O pagamento, segundo ele, foi realizado em parcelas entre março e junho de 2014. (A.S.) (A.N.)

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