Nesta sexta-feira (29), a morte da rainha da TV brasileira, Hebe Camargo, completa cinco anos. Mulher criativa, elegante e divertida, Hebe foi, até o final de sua vida, aos 83 anos, um exemplo de alegria. De origem humilde, estudou até a quarta série do antigo primário. A comunicadora que levou um sofá para a tela da televisão, marcou seu nome na arte de fazer TV.

Hebe iniciou sua carreira no rádio, como cantora. Mas, na TV, estaria sua missão. Ela participou da implantação da TV Tupi, em 1950. Em 1955, apresentou, na emissora, “O Mundo é das Mulheres”, com direção de Walter Forster.

A apresentadora passou por muitas emissoras, com destaque para as TVs Record e Bandeirantes. Em 1981, quando estrou na Band, Hebe estava de volta à TV, depois de 10 anos fora do ar. Insatisfeita, deixou o canal, em 1985.

Em 1986, foi para o SBT, emissora na qual viveu o auge de sua carreira. No programa “Hebe”, o Brasil conheceu novos artistas, debates sobre sociedade e política e muito humor. As noites de segunda eram especiais. A atração era exibida ao vivo.

Além de ter servido para mostrar a força da mulher e a importância de seu espaço na mídia, Hebe participou de diversas ações de caridade. Madrinha do TeleTon Brasil, criado em 1998, foi fundamental para que a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), conquistasse o espaço, no SBT.

Depois de décadas de sucesso na emissora de Sílvio Santos, Hebe saiu do ar, em 2010. No ano de 2011, estreou na RedeTV!.

Em 2012, a saúde da rainha deu sinais de fragilidade, iniciando um doloroso processo de internações. Ainda naquele ano, exibindo extremo vigor na luta contra o câncer, Hebe anunciou a notícia que Brasil esperava, dizendo que estava voltando para o SBT. A informação foi divulgada em 27 de setembro. Dois dias depois, o país perdeu a maior estrela da história da televisão. O tempo passará, mas Hebe Camargo jamais será esquecida.