Leilão de blocos de petróleo e gás inclui a Bacia de Campos
Dora Paula Paes 26/09/2017 18:40 - Atualizado em 29/09/2017 18:21
O leilão foi autorizado pelo CNPE
O leilão foi autorizado pelo CNPE / Divulgação
A 14ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), acontece no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a partir das 9 horas desta quarta-feira (27). O leilão foi autorizado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), por meio da Resolução nº 06/2017, publicada no Diário Oficial da União do último dia 20 de abril. O prefeito, Dr. Aluizio, confirmou presença na 14ª Rodada.
Ao todo, serão contemplados 287 blocos de nove bacias sedimentares no Brasil: Campos, Parnaíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Santos e Pelotas. De acordo com a ANP, eles são de elevado potencial, de novas fronteiras exploratórias e maduras. Vão participar 32 empresas. Seis são estreantes no Brasil: três brasileiras, uma da Malásia, uma da Alemanha e outra da Índia.
Para levar uma área, as petroleiras têm de apresentar a melhor oferta de bônus de assinatura, um pedágio pago à União pelo direito de explorar e produzir petróleo e gás nas bacias brasileiras. Os bônus mínimos variam de R$ 5,34 milhões a R$ 31,47 milhões para os blocos marítimos. Para as áreas terrestres, vão de R$ 30,8 mil a R$ 712,5 mil.
Na Bacia de Campos, especialmente, há a perspectiva de descoberta na região de pré-sal. Na audiência pública de apresentação do leilão ao mercado, técnicos da ANP informaram que, na região, o bloco mais promissor é o 346, localizado a 3 mil metros de profundidade, “que chama atenção pela extensão e proeminência”, de acordo com a agência.
Repsol: projeto de gás natural
Uma das gigantes mundiais do setor petróleo também enxerga boas oportunidades na região. Um dos principais projetos da petroleira espanhola Repsol no mundo é voltado para a Bacia de Campos: o megacampo de gás natural de Pão de Açúcar (BM-C-33). A companhia pretende começar a produção na primeira metade da próxima década. Para tanto, espera a confirmação das reservas e a captação de clientes para viabilizar a iniciativa.
Segundo o presidente da Repsol Sinopec Brasil, Leonardo Junqueira, a estimativa é que o BM-C-33 tenha um potencial de produção de cerca de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A companhia tem outras três concessões exploratórias no Brasil, mas busca novas oportunidades nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo e Sergipe-Alagoas.

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