Confusão e oração na Câmara
Mário Sérgio Junior 10/08/2017 09:10 - Atualizado em 11/08/2017 14:18
  • Oração foi feita depois da confusão

    Oração foi feita depois da confusão

  • Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

    Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

  • Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

    Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

  • Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

    Sessão de confusão na Câmara de Vereadores

Uma sessão que começou no clima paz e amor e que aparentemente terminaria sem debates acalorados, na realidade rendeu uma baita confusão que fez com que alguns parlamentares perdessem a compostura, na noite desta quarta-feira (9), na Câmara de Campos. A confusão começou após o vereador Marcelo Perfil (PHS) utilizar a tribuna para se queixar da conduta de um assessor da vereadora Linda Mara (PTC), que chegou a afrontar o parlamentar em meio ao plenário. Ainda na sessão, a vereadora Joilza Rangel (PSD) se retirou em lágrimas, sentida com as farpas disparadas pelo vereador José Carlos Monteiro contra a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Aserp), criada no governo Rosinha e à qual Joilza presidiu por um tempo e, depois, o seu marido. A sessão terminou com uma oração do vereador Pastor Vanderly, para afastar as “forças malignas” que atuam na Câmara.
Após o projeto de lei encaminhado pelo prefeito Rafael Diniz, que traz benefícios para as micro e pequenas empresas de Campos, ter sido aprovado por unanimidade, o plenário começou a discutir uma indicação legislativa do vereador Cláudio Andrade, que encaminhou o anteprojeto de lei que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Combate à Corrupção e à Impunidade dos agentes públicos. A iniciativa foi elogiada pelos parlamentares e, durante a discussão do encaminhamento, o vereador José Carlos (PSDC) disparou contra a Arsep, extinta em abril deste ano. Segundo José Carlos, “diferente da proposta do Conselho contra a corrupção, que não trará nenhum ônus para a municipalidade, a Agência Reguladora tinha gente que ganhava até R$ 10 mil”. Ele reforçou que a Arsep só trouxe danos ao erário público.
No entanto, Fred Machado discordou em partes do que foi disparado pelo colega de bancada. “Não posso concordar com tudo que foi dito, até porque tivemos a atuação da vereadora Joilza Rangel na agência e não há nada que comprove algum tipo de conduta errada”, disse o líder do governo.
Sentida com a situação, Joilza deixou ao plenário em lágrimas. Após isso, alguns vereadores tentaram contornar a situação. “Em nenhum momento a intenção do vereador José Carlos foi de ofender a índole da vereadora Joilza”, disse o parlamentar Silvio Martins.
Aproveitando o momento de desabafos, o vereador Marcelo Perfil utilizou da palavra para criticar algumas posturas dentro da Câmara. “É preciso tomar cuidado com algumas condutas. Tem um assessor da vereadora Linda Mara que é um moleque. Pegou uma foto da família de um assessor meu, em momento de lazer, e jogou nas redes sociais para falar besteiras”, afirmou irritado.
Neste momento, o assessor citado, que estava na plateia, levantou, cruzou os braços e afrontou Marcelo Perfil. O presidente da Câmara, Marcão Gomes, pediu para que o assessor voltasse para o lugar, o que não aconteceu. Então, Marcão acionou os seguranças. Foi quando toda confusão começou entre assessores e alguns vereadores. Thiago Virgílio (PTC) chegou a pular a bancada do plenário e partiu para o meio da confusão, sendo contido pelo vereador Thiago Ferrugem (PR).
Controlada a situação, Marcão ressaltou que “a presidência dessa Casa não irá permitir em nenhum momento uma afronta a qualquer vereador”. Já o vereador Pastor Vanderly fez uma oração para “amarrar as forças malignas que atuam na Câmara”.
Aprovados – Apesar de toda confusão, o projeto de lei do Executivo que regulamenta o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas, empresas de pequeno porte e ao empreendedor individual foi aprovado por unanimidade. A indicação da criação do Conselho de Combate à Corrupção também foi aprovado. Um projeto do Executivo que trata do sistema de estacionamento rotativo pago nas vias públicas foi retirado de pauta. 

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