Carolina Barbosa
Foto: Michelle Richa

A situação da merenda em algumas escolas de Campos continua sendo alvo de críticas. Mais uma vez, a Folha recebeu denúncia com foto da merenda oferecida nessa quarta-feira (11) aos alunos de uma unidade escolar municipal. O secretário municipal de Educação, Cultura e Esportes, Frederico Rangel, disse que a situação da merenda está normal.

Na tarde dessa quarta-feira, o jantar oferecido aos alunos do colégio Castelo Branco teria sido canjiquinha com pedaços de frango. “Só alguns alunos puderam repetir. A qualidade não melhora. As crianças ficam com fome quando não podem repetir. No dia em que a comida está fraca, não querem almoçar”, disse uma professora, que não quis ser identificada, acrescentando que os funcionários da Guelli estariam com pagamento atrasado e que as refeições estariam sendo feitas com uma parte de mantimentos da Guelli e outra que a Prefeitura teria enviado.

A diretora do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) Odisséia Carvalho comentou: “Somos contra o gasto da terceirização. O certo seria o recurso de autonomia direto para as escolas. A escola receber o recurso para alimentação e manutenção. E fazer concurso para as merendeiras. A alimentação está muito ruim. Não existe preocupação com a qualidade dos nutrientes”, disse.

A reportagem da Folha tentou contato por telefone com o responsável pela empresa, mas sem êxito.

O secretário de Educação, Cultura e Esportes Frederico Rangel falou sobre a situação: “Está normal. Em momento nenhum faltou merenda. O cardápio permite (canjiquinha). É variado e monitorado por nutricionista”, disse, acrescentando que as escolas atendidas pela Guelli continuam sendo assistidas pela empresa e que não há complementação da Prefeitura. Frederico disse ainda que não procede a informação de que as crianças não podem repetir a merenda.

Merenda — Na última segunda-feira, em uma das denúncias enviadas à Folha Online através do aplicativo WhatsApp (99208-7368), um leitor informou uma ameaça de paralisação no fornecimento de merenda e dos funcionários da empresa terceirizada Guelli, pois estaria com repasse de verba da Prefeitura atrasado, o que não foi confirmado.