Por protesto, servidores se reúnem em praça pública
04/05/2015 19:05

Danielle Macedo
Fotos: Valmir Oliveira

De luto em protesto contra o corte de seus direitos trabalhistas. Foi assim o primeiro dia de mobilização dos professores municipais de Campos durante o dia e à noite de segunda-feira (4), em manifestação realizada na praça do Jardim do Liceu, que coincidentemente estava sem luz nos postes e sem rede wi-fi, que normalmente é disponibilizada. Os professores tiveram apoio de outros servidores do município e reclamam da falta de reajuste anual dos salários condicionada à aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCC), em sessão na Câmara de Vereadores. O ato também aconteceu no mesmo dia em que houve mobilização em todo país contra agressão a professores do Paraná. Nesta terça-feira (5), haverá uma carreata.

Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) também estiveram presentes na reunião quando foi marcada para o dia 12 deste mês uma assembleia, com a possibilidade de uma greve entrar na pauta das discussões.

De acordo com os professores, a categoria não deverá escolher entre direitos já conquistados e vão continuar na luta pelo PCC e reajuste salarial. A reunião dos professores em praça pública de segunda foi o primeiro passo, segundo eles, para o movimento que terá nesta terça uma carreata às 17h, com saída da avenida Arthur Bernardes, próximo ao cruzamento com a Rua João Maria. Os professores passaram uma sacolinha para juntar dinheiro, e pagar o trio elétrico que foi utilizado durante o movimento, alegando que as ações não podem ter fim eleitoreiro.

— Não temos que escolher entre o PCC e aumento de salário, queremos todos os nossos direitos. Não podemos ver nossos direitos achatados e continuar de braços cruzados. A ameaça de demissão por parte dos vereadores existe. Eles estão votando contra o servidor. Foi um massacre o que aconteceu na Câmara na semana passada, vinte vereadores contra cinco. Vereadores estes que ficam atrás de nós e de nossas famílias para conseguir votos. A escola linda de propaganda não existe — afirmou a professora e organizadora do movimento, Luciana Ecard.

Os professores se queixam ainda do corte do vale transporte, o congelamento do valor do vale alimentação, que segundo eles, está desde 2013 sem reajuste, sendo pago o valor mensal de R$200. Paralela às ações do manifesto contra o governo municipal e vereadores, os professores estão ajuizando ações para reaver os seus direitos. “Vamos continuar nas ruas e esperamos hoje mais servidores na carreata e lá vamos planejar outras ações. O movimento não é só da educação e sim de todos os servidores municipais. Queremos a redução da carga horária que é Lei Federal. Todas as cidades ao redor acataram e pagaram retroativos e horas extras e aqui em Campos o governo ignora isso tudo”, concluiu o professor Márcio Rocha.

A Campos-Luz, através da secretaria de Comunicação, informou que a falha na energia da praça não era de responsabilidade do órgão e sim da Ampla. No entanto, a Folha não conseguiu ouvir a concessionária devido ao avançado horário.

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