Juíza determina que filho da colunista Maria Ester seja solto
22/11/2012 09:11

Por volta das 19h30 a juíza  Elizabeth Longobard expediu alvará de soltura para Luiz Fernando Balbi Gonçalves, de 30 anos, supeito de matar a própria mãe, a colunista Maria Ester Balbi, no início de setembro deste ano. A decisão foi tomada pela juíza depois do pedido de revogação da Defensoria e com base no depoimento de seis testemunhas de defesa, durante a primeira audiência de instrução no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. Hoje ainda o suspeito retorna a Itaperuna onde esteve detido, e a expectativa é que o mesmo tenha a liberdade até segunda-feira.

Antes mesmo de ouvir as últimas testemunhas de defesa, que eram oito, a juiza enviou a decisão à imprensa, sem conceder entrevista. No final da tarde foram encerrados os depoimentos das testemunhas de acusação de Luiz Fernando. Quatro das cinco testemunhas de acusação compareceram à primeira audiência de instrução e julgamento 1ª Vara Criminal do Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos.

Os primeiros ouvidos foram um policial, que esteva na ocorrência, além de dois integrantes da equipe de Resgate, que socorreram Maria Esther ainda com vida após ter o corpo queimado. A quarta testemunha foi o delegado adjunto da 134ª DP, Rodrigo Maia, que iniciou a investigação. Luiz Fernado também participa da audiência e acompanha alguns dos depoimentos.

Também serão ouvidas ainda nesta quinta-feira, oito testemunhas de defesa, entre elas, amigos do suspeito e também da mãe dele.

Como noticiado na Folha, em outubro, o suspeito vai ser defendido pela defensora pública da 1ª Vara Criminal, Isabella Monteiro Menezes. Ainda na audiência, presidida pela juíza Elizabeth Longobard, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa e poderá ser decidido se Luiz irá ou não a júri popular.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, na tarde do dia 21 de agosto, Luiz ateou fogo no corpo da mãe, na residência da família, no bairro do IPS. De acordo com a Polícia Civil, Maria Ester e Luiz Fernando teriam iniciado uma discussão, onde ela teria chamado o filho de “vagabundo”, fato esse que teria motivado o filho de ter cometido o crime. O acusado teria ficado arrependido de ter ateado fogo na mãe e tentado apagar as chamas, usando dois baldes e em seguida, ter enrolado a vítima com o lençol e arrastado seu corpo do quarto até o box, no banheiro, para apagar o fogo, e logo após chamou o socorro da ambulância Emergência em Casa, da Prefeitura. Luiz Fernando estava com queimaduras de 1º grau nas mãos. Maria Ester foi levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) e transferida posteriormente para o Hospital Doutor Beda, onde morreu 10 dias depois em decorrência de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 60% do corpo.

 

Dulcides Netto

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