A altura dos quebra-molas tem sido alvo de queixas por parte de usuários da RJ 216, es-trada que liga Campos a Farol de São Tomé, também conhecida como “Rodovia do Açúcar”. Segundo os motoristas, alguns redutores que foram colocados recentemente, próximo à localidade de Mussurepe, estão altos e danificam a parte mecânica dos veículos. Para eles, a solução seria a instalação de fiscalização eletrônica (radar), como foi feito na BR 356 e publicada na edição de ontem da Folha.
O chefe do setor viário do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), em Campos, Ivandir Silva, disse que enviará uma equipe hoje ao local para verificar a situação. Segundo ele, as intervenções relacionadas à quebra-molas feitas pelo DER seguem as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “Todas as obras são respaldadas em cálculos e estudos. Os técnicos vão ao local executar o serviço com os gabaritos em mãos. Tudo é feito seguindo os parâmetros legais, mas de qualquer forma enviarei uma equipe amanhã (hoje) para checar o local”.
Para ele, a implantação de redutores eletrônicos seria o ideal, porém o quebra-mola é um meio emergencial de combater acidentes. “Para a instalação de fiscalização eletrônica, o processo é demorado. Portanto, como tem muitas escolas ao longo da RJ 216, o quebra-mola é uma opção para evitar tragédias”, disse.
Para as pessoas que utilizam a via constantemente, as lombadas têm causado transtornos. Já para os moradores, que vivem às margens da rodovia, os redutores são bons para evitar possíveis atropelamentos. O motorista José Francisco Gomes, 52 anos, disse que deveriam usar outros instrumentos para reduzir a velocidade dos veículos. “Os quebra-molas, quando não seguem os padrões legais, danificam os carros. Sem contar que, quando está muito alto, preciso frear mais e o carro que vier atrás pode estar distraído e bater em mim”.
Já a dona de casa Aparecida Pereira, 54 anos, afirmou que os quebra-molas dão mais segurança aos moradores.
— Ficamos mais tranquilos em saber que os motoristas terão que frear e, nesse meio tempo, podemos atravessar a rodovia menos apreensivos. Muitas crianças e jovens andam a pé na beira da pista e tendo o re-dutor de velocidade, o risco de um atropelamento é bem menor — disse ela.

