Escola se posiciona sobre acusação de maus-tratos contra criança
Catarine Barreto 19/02/2024 18:01 - Atualizado em 20/02/2024 17:35
  • Advogados Alex Mata, o responsável pela escola Rommel Silva e o advogado Francisco de Oliveira

    Advogados Alex Mata, o responsável pela escola Rommel Silva e o advogado Francisco de Oliveira

  • Advogados Alex Mata, o responsável pela escola Rommel Silva e o advogado Francisco de Oliveira

    Advogados Alex Mata, o responsável pela escola Rommel Silva e o advogado Francisco de Oliveira

Representantes da escola particular de educação infantil acusada pela mãe de um aluno de possíveis maus-tratos se posicionaram nesta segunda-feira (19), em entrevista à Folha. A acusação da mãe, Ilena Galdino, é de que seu filho, de dois anos e meio, teria apresentado marcas nas pernas em setembro do ano passado, constatadas após ela ter buscado o filho na escola, em Campos.
Um dos advogados da unidade, Alex da Mata nega as acusações. “Não tem nenhuma evidência, prova, que comprove que essa criança tenha sido agredida aqui”, disse ele.
Alex destacou o fato de a mãe da criança ter registrado o caso em janeiro deste ano, mesmo alegando que a suposta agressão teria ocorrido em setembro.
— Ela cita que essa suposta agressão tenha acontecido no início de setembro. Ela não vai à delegacia, não procura ninguém da delegacia, relata algo supostamente a professora, aproximadamente 22h, e depois ela volta, elogia a escola nas redes sociais, quer rematricular a criança. Com base em todas essas contradições, começamos a analisar o caso e entendemos que não procede o que ela está falando — comentou Alex da Mata.
O advogado também falou sobre as imagens solicitadas pela mãe da criança.
— Ela alega que a suposta agressão teria acontecido na área de desfralde. Esta área é de banheiro, onde se faz a higiene das crianças, e não é permitido filmar partes intimas de criança. Não se pode ter uma câmera dentro do banheiro. E a escola tinha cinco meses, aproximadamente, e estava em um processo de instalação de câmeras em áreas comuns. Mesmo que houvesse câmeras, que estavam sendo instaladas na escola muito nova, as câmeras pegariam a área comum, mas ela alega que a agressão é no desfralde — afirmou.
Segundo o representante legal da escola, Rommel Silva, a própria unidade procurou a 134ª Delegacia de Polícia (DP), para prestar esclarecimentos.
— Assim que tomamos conhecimento dos vídeos dela, fomos até a delegacia, onde conversamos com a investigadora, tomamos ciência do que havia sido dito pela mãe da criança, e daí começamos a rebater todas as contradições dela — disse Rommel.
De acordo com o advogado Alex da Mata, serão tomadas medidas judiciais contra a denunciante, devido ao que ele chama de “posicionamento muito controverso”. O posicionamento é similar ao do advogado Francisco de Oliveira, que também representa a escola.
— Várias coisas ditas às autoridades policiais foram alteradas no segundo depoimento, então, já há uma segunda versão por parte dela. Houve também, por parte da escola, a necessidade de fazer um levantamento por dois motivos: ela não deixa claro por que não procurou a Justiça naquele momento da suposta agressão, para dar a oportunidade de a escola dar uma resposta no momento, e ela também não explica porque veio a público agora — disse Francisco.
Procurada pela Folha, a Polícia Civil informou que o caso está em sigilo, em razão de tratar-se de caso com vítima menor de idade. Nas redes sociais, a escola publicou um vídeo em que contrapõe as acusações feitas pela mãe do aluno.

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