Movimentações seguem por partidos para 2024
Rodrigo Gonçalves 08/04/2023 15:02 - Atualizado em 08/04/2023 15:02
Wladimir postou foto com Bacellar
Wladimir postou foto com Bacellar / Reprodução-Instagram
Com a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em fevereiro deste ano, fi-cou evidenciado o racha no PL, que chegou a lançar o deputado estadual Jair Bittencourt à disputa contra o colega de partido Rodrigo Bacellar. Passados 60 dias, os traumas parecem não superados, tanto que a permanência de Bacellar na sigla é colocada em dúvida a partir do convite feito a ele para assumir o União Brasil no Estado do Rio.
A informação do convite é confirmada por aliados do presidente da Alerj, mas ele mesmo não se pronunciou, assim como a sua assessoria. A nova composição no União está sendo formatada pelo vice-presidente nacional do partido, Antônio Rueda, e pelo atual presidente municipal, o deputado estadual Márcio Canela.
]Se confirmada a nova casa de Rodrigo, a movimentação vai interferir diretamente em Campos, já que o partido era um dos que o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) estava contanto para sua base de sustentação para 2024. Da junção do DEM e PSL, nasceu o União e a segunda maior bancada da Câmara de Campos, hoje composta pelos vereadores da base Juninho Virgílio, Nildo Cardoso, Marcione da Farmácia, além de Rogério Matoso na oposição. O União é ainda a casa de Garotinho, Rosinha e Clarissa.
Em número de vereadores na Câmara de Campos, o União só perde para o PSD, partido onde foi eleito Wladimir e maior parte do seu grupo, mas hoje comandado em Campos por Caio Vianna, tendo na Câmara como líder o vereador Bruno Vianna (ex-União) do grupo de oposição/”independente”, que tem ainda o edil Dandinho, além dos três que estão na situação: o líder do governo Álvaro Oliveira, Fred Rangel e Kassiano Tavares.
Nas últimas sessões, além de Bruno Vianna na liderança do PSD, outros partidos comunicaram os seus comandos na Ca-sa. O PDT, por exemplo, colocou Paulo Arantes, suplente que entrou no lugar Leon Gomes, que saiu para compor o governo Wladimir à frente da Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ). O partido presidido em Campos por Leon, tem na Câmara também os vereadores de oposição Marquinho do Transporte e Luciano Rio Lu. Apesar de Arantes ser suplente foi escolhido líder por ser da base, como revelou Leon, ao Folha no Ar, da Folha FM 98.3.
— O Marquinho (Transporte) e o Luciano (Rio Lu) são meus amigos, mas o campo político é uma coisa. Eu deixo bem cla-ro que dentro do PDT, para várias configurações, até em 2024, só vai estar com quem está na base do governo. É o meu desejo que os dois se tornem base do governo e eles sabem disso — declarou Leon, ressaltando que o PDT estará na sustentação à reeleição de Wladimir. “É óbvio o desejo de ter o prefeito filiado ao PDT, seria assim muito importante para gente. Mas, entendemos também que depende muito da configuração do jogo. Uma vez que o PDT já está garantido na base do governo”, completou.
Também foram definidos os líderes do Cidadania, PTB, MDB, Avante e Republicanos, respectivamente representados por Fred Machado, Raphael Thuin, Silvinho Martins, Abdu Neme e Anderson de Matos.

Ficha já está pronta para Wladimir, diz PP

Ainda sem partido e apontado, até por alguns adversários, como franco favorito a seguir como prefeito, Wladimir Garotinho é alvo de interesse de lideranças que sonham em tê-lo nas suas siglas. Em reportagem publicada pela Folha no início de março, ele colocou o União, PL, PDT e PP como opções a seu ingresso, mas ressaltou que a sua decisão partidária será tomada “alinhada com o governador”.
A permanência de Cláudio Castro no PL ainda é instável, o que pode diminuir mais uma opção a Wladimir. Também como reflexo da eleição na Alerj e do racha no PL, Castro e o presidente estadual do partido, o deputado federal Altineu Côrtes andaram não se entendendo. Com a intervenção do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e do sena-dor Flávio Bolsonaro, o clima teria melhorado com a promessa de que o governador e seu grupo passariam a ter mais força na executiva do partido no Rio.
Castro chegou a ter seu nome cogitado ao PP, partido que é presidido no Rio pelo seu secretário de Saúde, Dr. Luizinho. Inclusive é nesta legenda a maior aposta ao novo reduto de Wladimir, como mostrou a coluna Ponto Final, do dia 11 de fevereiro deste ano, e também deixou claro o próprio Dr. Luizinho, quando esteve em Campos no último dia 28.
— (A ficha) está pronta, aguardando a assinatura dele (Wladimir). A gente vai trazer o Ciro Nogueira, presidente nacional do partido, para abonar a ficha dele no Progressistas — afirmou o presidente do partido.
Wladimir não esconde a relação de proximidade com o secretário, com quem foi deputado federal junto pelo Rio, mas disse que vai esperar a melhor oportunidade para decidir entre as opções partidárias que tem. Teremos na minha base na reeleição de seis a oito partidos, todos com nominatas completas para vereador”, avaliou Wladimir no mês passado.

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