PRE pede impugnação de candidatura de Davi Loureiro a deputado estadual
Matheus Berriel - Atualizado em 16/08/2022 17:44
Davi Loureiro
Davi Loureiro / Reprodução/Facebook
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro apresentou nessa terça-feira (16) um pedido de impugnação da candidatura de Davi Loureiro (União) a deputado estadual, considerando que o ex-prefeito de São Fidélis segue inelegível pela condenação por ato de improbidade administrativa que já o tirou de eleições anteriores. Davi teve o pedido de candidatura aprovado pelo União Brasil em convenção no fim de julho. O blog tenta contato com o político.
Em 19 de novembro de 2012, a 1ª Vara de São Fidélis suspendeu os direitos políticos de Davi Loureiro por oito anos, sendo a pena posteriormente confirmada pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a condenação, enquanto prefeito, Davi "nomeou servidoras fictícias para ocupar cargo de confiança, com o escuso intento de remunerar outro réu por um pretenso serviço de contador que lhe prestaria", pois o citado profissional já ocupava cargo público em outro município e não poderia acumulá-lo.
Contra a decisão, Davi Loureiro interpôs os recursos excepcionais Especial e Extraordinário, assim como o agravo de instrumento, todos inadmitidos pelos respectivos tribunais competentes (TJRJ e Superior Tribunal de Justiça). Davi ajuizou ainda uma ação rescisória, cujo pedido também foi julgado improcedente pelo Órgão Especial do TJRJ em 2017. Por fim, o posicionamento da PRE nessa terça também menciona um pedido de tutela de urgência indeferido em decisão monocrática pelo vice-presidente do STJ, ministro Jorge Mussi, então no exercício da presidência, no último dia 18 de julho.
Em 2018, o plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) barrou a candidatura a deputado estadual de Davi Loureiro, na época pelo PRP. Ele também não conseguiu liberação judicial para se candidatar a prefeito de São Fidélis em 2018, então filiado ao PSD.
Davi Loureiro foi prefeito de São Fidélis por dois mandatos, de 2001 a 2008. Antes, foi vereador e presidente da Câmara Municipal. Ele é aliado do ex-prefeito de Campos e ex-governador Anthony Garotinho, atualmente candidato a deputado federal, mas também com pedido de indeferimento da PRE, por conta da condenação em segunda instância na Operação Chequinho.

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