Juiz de Campos suspende leilão do estádio do Goytacaz por 60 dias
Matheus Berriel 15/08/2022 16:49 - Atualizado em 15/08/2022 17:08
Estádio Ary de Oliveira e Souza, o Aryzão
Estádio Ary de Oliveira e Souza, o Aryzão / Foto: Rodrigo Silveira
O juiz Eduardo Almeida Jeronimo, da 2ª Vara do Trabalho de Campos, suspendeu por 60 dias o leilão do estádio Ary de Oliveira e Souza, do Goytacaz, que acontecia desde a última quinta-feira (11) em razão de um processo trabalhista. A decisão foi emitida na tarde desta segunda (15). Até o momento da suspensão, nenhum lance havia sido feito no certame, que terminaria na quarta (17) ou quinta-feira (18).
Eduardo é o mesmo juiz que havia determinado o leilão. Ao decidir agora pela suspensão, ele atendeu a um recurso da defesa do Goytacaz, que já enviou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RJ) um pedido de centralização de todos os processos trabalhistas existentes contra o clube, para que seja montado um calendário de quitações. O pedido foi feito pelo advogado Fábio Bastos, contratado pelo Goytacaz no caso.
Além de mencionar a solicitação de centralização das ações ao TRT, o advogado do Goyta incluiu um laudo de estudo que indica que o Aryzão possui valor consideravelmente superior a R$ 26.077.000,00, quantia definida em avaliação feita por oficial de Justiça. Na semana passada, o mesmo juiz havia negado um recurso do Goyta, reforçando o entendimento de que a avaliação do oficial de Justiça “está carregada de presunção de legitimidade, só podendo ser invalidada mediante prova robusta que comprove irregularidade na aplicação do conhecimento técnico” do oficial.
Penhorado em julho do ano passado, o estádio do Goytacaz foi a leilão, agora suspenso, por conta de dividas com José Aluisio Peixoto Barreto, gerente de futebol do clube de janeiro de 2012 a outubro de 2015. Em dezembro de 2017, uma decisão da juíza Raquel Pereira Farias de Moreira, então titular da 2ª Vara do Trabalho de Campos, definiu como R$ 315.535,57 mil o valor da causa. A quantia inclui salários não pagos em julho, agosto, setembro e outubro de 2015, além de parte do de junho do mesmo ano, mais férias, 13°s salários, horas extras, FGTS, aviso prévio e danos morais.
No final de fevereiro, também tendo como advogado Fábio Bastos, o Goytacaz já havia conseguido reverter na Justiça um leilão do estádio que estava marcado para março. Na época, o clube iniciou pagamento de dívidas ao ex-preparador de goleiros Sérgio Henrique Souza de Oliveira, efetuando cerca de 30%, e criou um calendário de quitações do restante até totalizar o valor da ação, em torno de R$ 32 mil. A decisão favorável foi dada pelo juiz Luis Guilherme Bueno Bonin, da 4ª Vara do Trabalho de Campos.

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