"Dogmas" estreia neste sábado no Teatro de Bolso
Jhonattan Reis 08/06/2018 18:16 - Atualizado em 11/06/2018 13:31
Divulgação
É até este domingo (10) que o público poderá conferir a apresentação do espetáculo “Dogmas”, da Movimento Cia. de Dança, que está em cartaz no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos, desde sexta-feira (8). Em “Dogmas”, que tem direção geral de Jéssica Alves e direção coreográfica de Maurício Arêas, 11 bailarinos vivem conflitos que surgem da divergência de pontos de vista e da negação do convívio com ideologias diferentes. O público pode adquirir os ingressos por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).
Maurício Arêas explicou sobre o processo de montagem:
— Durante esse processo, a gente foi descobrindo como cada um dos 11 bailarinos lidava com a questão da imposição de limites. Isso foi, então, se transformando nas coreografias, que mostram essa linha, de tudo aquilo que é colocado com certa imposição, que não pode ser rejeitado. No espetáculo, tudo começa com uma imposição, com todo mundo seguido uma mesma linguagem. Depois, isso vai se desmembrando, para no final se tornar uma linguagem individual de cada um.
No elenco, estão Alfredo Maia, Allan Conceição, Amanda Duncan, Jéssica Alves, Hester Paes, Lukas Ribeiro, Marcos Oliveira, Maurício Arêas, Monique Azeredo, Sabrine Magalhães e Thaiani Machado. Ainda na equipe estão o coreógrafo convidado Washington Cardoso, o iluminador Douglas Fernandes, a supervisora cênica Ivana Cruz, o fotógrafo Cristiano França e as figurinistas Priscila Viana, e Lia Almeida.
Para Jéssica Alves, o tema do espetáculo, que ela descreveu como polêmico e controverso, foi o elemento inspirador para a composição do trabalho.
— Por meio da linguagem da dança contemporânea, ele procura revelar à plateia o grande dilema da aceitação — disse ela.
Maurício Arêas definiu o espetáculo como “desafiador” e “surpreendente”.
— Porque é exatamente o que “Dogmas” foi. Ele nos desafiou, com a forma como montamos as coreografias, e nos surpreendeu, no final, com o que a gente conseguiu fazer. Foi um grande desafio falar deste tipo de tema e, ainda, conseguir abordá-lo de uma forma que não agrida ninguém, mas que conta tudo o que a gente quis contar — comentou.
“Dogmas” é o quarto espetáculo da Movimento, conta o diretor de coreografia.
— Os três primeiros foram “Vencer”, “Artigo V” e “Catre”. E cada um teve um processo de montagem distinto, pois sempre procuramos contar com o que cada bailarino do elenco pode nos oferecer. E, também, os processos são diferentes pelo objetivo de cada espetáculo. “Vencer” foi uma montagem encomendada, que fizemos para a abertura dos jogos da Record. Então, a gente não escolheu o tema, ele veio para a gente — disse, completando:
— Em “Artigo V”, a gente usou a Constituição (de 1988) como nossa linha guia. Durante o espetáculo, citamos o artigo quinto e alguns incisos dele. A cada inciso do artigo que a gente lia, a gente coreografava em cima daquela ideia. E em “Catre” nós começamos com a ideia das quatro estações, dos quatro elementos, várias questões que tinham a ver com o número quatro. Depois, transformamos isso em quatro histórias que percorrem a história da primavera, verão, outono e inverno. Porém, não contando como estações do ano, mas como estações da vida.
Maurício lembrou, ainda, que a Movimento, que tem quatro anos de existência — 10 anos antes de ter o nome atual, a companhia se chamava Primeiro Passo —, está sempre trabalhando em prol da cultura.

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