Raúl Palacio projeta vitória com 60%
Aluysio Abreu Barbosa 12/09/2019 08:43 - Atualizado em 16/09/2019 13:58
“Nós achávamos, sinceramente, que ganharíamos no primeiro turno. Chegamos muito perto. Faltaram algo em torno de oito, nove votos de professores. Então eu acho que a gente vai ter uma vitória e estamos trabalhando para que seja expressiva. Os votos dos professores que detectamos ao professor (Enrique Acosta) Medina (candidato que ficou no primeiro turno, no critério desempate do estatuto, e declarou depois neutralidade), estamos trabalhando especificamente com cada um deles. A aceitação dos técnicos continua funcionando. Eu acho que a gente pode ganhar com algo em torno de 60%, 55% dos votos”. Foi o que projetou na manhã dessa quarta-feira (11), no Folha no Ar 1ª edição, da Folha FM 98,3, o professor Raúl Palacio, candidato da chapa 10 no segundo turno da eleição a reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
O pleito começa no sábado (14) nos polos avançados do Cederj. E tem seu ápice na terça (17), nos campi Campos e Macaé. Também candidato a comandar a universidade mais importante de Campos e região, o professor Carlão Rezende é o convidado desta quinta (12) do espaço democrático do Folha no Ar.
No programa de ontem, Raúl assumiu que sua candidatura a reitor é uma continuidade do atual: “o professor (Luis) Passoni, porque ele representa talvez o principal incentivador para a gente entrar nesse pleito”. Ele garantiu que sua campanha “tem recebido muito carinho da comunidade da universidade, dos professores, dos estudantes, dos técnicos, e continuamos fazendo a nossa campanha limpa, colocando e debatendo ideias”. E apostou: “é isso no final que vai realmente fazer a diferença”.
Do que não ocorreu de maneira talvez não tão “limpa”, Raúl também falou dos ataques que sofreu através de um artigo, publicado recentemente em espaço virtual de baixo conceito na mídia local. O texto de qualidade ruim foi ilustrado com uma foto do ex-deputado federal Paulo Feijó (PR), entre Passoni e Raúl. Como o ex-parlamentar, hoje em prisão domiciliar pela condenação na operação Sanguessuga, votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a intenção foi “queimar” o candidato a reitor com o eleitorado universitário de esquerda, de grande força na Uenf, como em qualquer universidade pública brasileira:
— A comunidade universitária entendeu que aquilo foi um processo extremamente agressivo. Em relação à foto, a gente foi conversar com o Feijó na tentativa de procurar dinheiro novo para a universidade. É uma das coisas que a gente coloca no nosso modelo funciona com o orçamento estadual, que é muito fechado, restrito. E por problemas que o Estado do Rio estava passando (na crise de 2017), a gente entendeu a necessidade de procurar emendas parlamentares federais. Como Feijó foi colocado como deputado de direita. Poderiam ter colocado lá uma foto com o (Alessandro) Molon (Rede), com o Marcelo Freixo (Psol), com Wladimir Garotinho (PSD), ou com qualquer deputado federal da legislatura anterior ou desta. Acho que é uma obrigação dos deputados federais colocarem o dinheiro das suas emendas aqui. E a educação faz parte disso. Nosso diálogo é com todos, tanto com a esquerda, quanto com a direita, desde que a Uenf esteja em primeiro lugar como universidade pública, gratuita e socialmente referenciada — disse o candidato a reitor. Que foi além nas causas e consequências do ataque:
— De repente, ter mantido a universidade em funcionamento com zero de dinheiro, por dois anos seguidos, talvez tenha incomodado alguém. E por isso colocaram um artigo que os professores, estudantes e técnicos da universidade se sentiram envergonhados por aquilo que foi colocado. O que acontece na universidade se discute na universidade e na sociedade. Mas nós temos que discutir com classe. É neste sentido que eu falo da campanha limpa. Nós vamos solucionar esse problema pelas vias normais. Não vai ficar sem resposta, com toda a certeza. Mas agora, neste momento, a gente não quer se concentrar nisso. Nós estamos concentrados na campanha e aquilo que é importante para a gente conseguir levar à frente o nosso projeto — pontuou Raúl.
Informado durante o programa que o responsável pelo espaço que abrigou o ataque de baixo nível contra sua candidatura a reitor tem como responsável o assessor de um importante pré-candidato a prefeito de Campos em 2020, Raúl respondeu:
— Eu sinceramente acho que, depois daquilo, o pré-candidato talvez repense isso e coloque o cara para fora. Eu realmente tenho convicção de que isso vai acontecer — apostou. 

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